Por ocasião do entendimento político entre o PAIGC e o PRS rubricado esta manhã em Bissau, o Embaixador Joaquín González-Ducay, Chefe da Delegação da União Europeia junto da República da Guiné-Bissau, manifestou a sua satisfação pelo ocorrido.
"Esse entendimento político constitui uma etapa importante no sentido de se avançar para o final da transição e criar condições para a solução da crise política que o país está a enfrentar desde 12 de Abril do ano passado", declarou o Embaixador González-Ducay. "Felicitamos portanto a abordagem construtiva do PAIGC e do PRS", acrescentou ainda.
O Embaixador González-Ducay destacou também a importância de uma acção rápida no intuito de se cumprir com os conteúdos do entendimento.
"A União Europeia espera que como fruto desse entendimento, seja possível a pronta nomeação de um Governo inclusivo e a adopção de um calendário político consensual, que conforme os planos acordados pela CEDEAO, leve à realização de eleições gerais em 2013, de acordo com as aspirações dos cidadãos guineenses e o desejo da comunidade internacional."
Bissau, 17 de Maio de 2013
Acredito plenamente que seja este, memorandum de entendimento, o desejo da comunidade internacional, mas que tenho certas dúvidas em relação as aspirações prioritárias do castigado Povo Guineense nestas alturas de profunda crise de subsistência.
ResponderEliminarAliás ficou claro a demarcação subtil do resto da comunidade vide UE das suas responsabilidades para, em caso de fracasso, responsabilizarem a CDEAO que tem vindo, com todas as suas limitações e falhas próprias neste tipo de situações, a paliar os sofrimentos deste martirizado Povo.
Eu continuo a pensar que essa gente - quero estar enganado - que de burros nada têm, ou não gostam de nós ou na realidade têm outras intenções bem ocultas que eu infelizmente ainda não consegui descortinar!!!
Como podem pensar, ser a realização das eleições condição para o levantamento das sanções e consequente reconhecimento do Estado Guineense!?
Se esta razão é de relevância tal, que constitui a condição "sine-qua-non" para a reconsideração de todas as posições, não seria de todo inoportuno perguntar como pensam ser factível a realização das mesmas sem dinheiro, numa época de chuvas e em tão pouco tempo, se termos em conta tudo o que significa fazer um sério, prévio e cabal senso?????
Qual Governo de inclusão, qual coisa, que não será na verdade ( pecando a tardio) o mais do mesmo em tempo e numero ( mais numero de Ministros, Secretários, Conselheiros, Assessores e Diretores de qualquer coisa) !!!!!!!????
Eu sei, e eles também sabem, que a solução não é esta: a solução de facto deve passar por um período de Tutelação do País por parte da comunidade internacional, durante um curto mas necessário período para a organização/reorganização de todo um processo credível que ofereça condições objectivas e sérias para a realização dumas eleições dignas de nome, contando para tal com os autores nacionais por forma a serem o garante para a continuidade pacífica dos resultados delas saídas e amplamente aceite e aprovada pela maioria soberana. Que tal a formula utilizada em Timor-Leste???
Será que ninguém se lembra disso ou simplesmente não interessa por agora?
A que propósito não sei??? Vamos todos pensar na Guiné!!!!