O secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros de Cabo Verde, José Luís Rocha, congratulou-se com o acordo obtido no Parlamento por políticos e por outros responsáveis da Guiné-Bissau para que as eleições gerais sejam realizadas em novembro próximo.
Praia - O secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros de Cabo Verde, José Luís Rocha, congratulou-se, terça-feira, com o acordo obtido no Parlamento por políticos e por outros responsáveis da Guiné-Bissau para que as eleições gerais sejam realizadas em novembro próximo. Bissau
Nos termos deste acordo, indicou a fonte, o período de transição termina a 31 de dezembro deste ano em curso.
José Luís Rocha, que falava em conferência de imprensa na cidade da Praia sobre o balanço da visita à Cabo Verde da sua homologa angolana, Angela Bragança, disse que o Governo cabo-verdiano aguarda agora por uma evolução positiva dessa " boa nova".
"Hoje tivemos a informação que houve um acordo em Bissau, precisamente um acordo que vai permitir a realização das eleições até ao final deste ano. Vamos aguardar para ver se essa nova terá a evolução que esperamos", precisou.
Terça-feira, políticos, chefias militares, chefes religiosos e lideres sindicais, que participaram numa reunião na Assembleia Nacional Popular em Bissau chegaram a um consenso sobre o novo modelo para o período de transição em curso na Guiné-Bissau desde o golpe de Estado militar de 12 de abril do ano passado.
Além da realização de eleições gerais em novembro, em data a ser marcada pelo Presidente da República de transição, Serifo Nhamadjo, as partes concordaram também na formação de um novo Governo "mais inclusivo" e ainda na eleição de um novo presidente da Comissão Nacional de Eleições, cujo nome deve ser indicado pelo Conselho Superior de Magistratura Judicial.
De acordo com o presidente do Parlamento, Sory Djaló, os acordos de princípio sobre aquilo que será o "roteiro político e um pacto de regime" deviam ser apresentados terça-feira no dia 02 de maio aos deputados para serem adotados como leis.
Sory Djaló explicou que a ideia dos atores políticos e sociais da Guiné-Bissau é ter um "roteiro de transição e um Governo inclusivo" antes do dia 09 de maio, data em que a situação do país será debatida no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
O chefe das Forças Armadas da Guiné-Bissau, o general António Indjai, disse que os militares concordaram com os pontos propostos pelos políticos, mas pediu aos dirigentes do PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde) para que "deixem de ser guiados por 'Cadogo', alcunha de Carlos Gomes Júnior, primeiro-ministro deposto pelo golpe de Estado de 12 de abril do ano passado.
Sem comentários:
Enviar um comentário