terça-feira, 7 de maio de 2013

Presidente de transição discute situação política com partidos

Presidente de transição da Guinée Bissau, Serifo Nhamadjo.Bissau - O presidente de transição da Guiné-Bissau, Serifo Nhamadjo, recebeu hoje (segunda-feira) os três principais partidos no Parlamento para discutir a situação de impasse político no país e analisar a possibilidade de formação de um novo Governo.  

À saída das audiências, que se realizaram em separado, Manuel Saturnino Costa, primeiro vice-presidente do PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde) disse que o  partido "é pela formação de um novo Governo e inclusivo".  

O dirigente que tem liderado o partido desde que o presidente do PAIGC, Carlos Gomes Júnior, foi deposto por um golpe de Estado militar e está em Lisboa, afirmou que a posição do seu partido "já é do conhecimento do Presidente da República".  

Saturnino Costa defendeu, no entanto, que o PAIGC não aceita que, sendo o partido maioritário no Parlamento, o Governo seja conduzido por uma força política menos votada nas últimas eleições, neste caso o Partido da Renovação Social (PRS).  

Víctor Pereira, porta-voz do PRS, afirmou que o partido analisou com o Presidente Serifo Nhamadjo quais os passos necessários "para tirar o país da situação" em que se encontra. 

"O PRS está de acordo com o princípio de remodelação do Governo", defendeu Pereira, realçando que a Guiné-Bissau se encontra "numa situação extremamente complicada" pelo que, notou, "é preciso a união de esforços de todos".  

O dirigente do PRS disse que ouviram as ideias do Presidente de transição mas que a resposta definitiva será dada após uma reunião dos órgãos próprios do partido.  

O líder do PRID (Partido Republicano da Independência e Desenvolvimento), Afonso Té, também foi recebido por Serifo Nhamadjo, e revelou aos jornalistas que passou em revista com o chefe de Estado "os últimos 12 meses" em que o país é gerido pelas autoridades de transição.  

Na terça-feira, Serifo Nhamadjo vai prosseguir com as consultas, recebendo os partidos políticos sem assento parlamentar. 

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