quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Governo Ilegítimo refuta relatório da ONU sobre aumento do tráfico de droga

Bissau- O ministro da Justiça do Governo de transição da Guiné-Bissau, Mamadu Saido Baldé, rejeitou hoje (quarta-feira) a conclusão de um relatório da ONU, que aponta para o aumento do tráfico de droga desde o golpe de Estado de 12 de Abril, noticiou a Lusa. 

"Nós estamos numa fase pós-golpe de Estado. Esta nossa afirmação é válida para contrariar qualquer tipo de relatório. Nós repudiamos e contrariamos qualquer elemento no sentido de que há um crescimento do narcotráfico na Guiné-Bissau", defendeu Baldé em conferência de imprensa. 

O último relatório do secretário-geral apresentado ao Conselho de Segurança das Nações Unidas referiu que há um aumento significativo do tráfico de droga na Guiné-Bissau desde o golpe militar de 12 de Abril, que destituiu as autoridades eleitas.


"O entendimento que nós temos é de que não há neste momento o aumento do consumo ou do narcotráfico na Guiné-Bissau", disse Saido Baldé, desafiando a ONU ou quem quer que seja a apresentar provas contrárias à posição das autoridades de transição.


"Que nos provem o contrário. Se nos provarem o contrário e com os elementos que nós temos aqui, estamos disponíveis para dialogar, em articulação com estas instituições para, em conjunto, identificarmos os espaços onde haja esse crescimento do narcotráfico para ser combatido", afirmou o ministro da Justiça.

"Temos aqui o painel de 2011 e o de 2012. São apreensões feitas pela Policia Judiciária. Eu pergunto a apreensão de uma quantidade pouco significativa da droga significara um aumento ou decréscimo?", questionou Saido Baldé ao referir-se às últimas apreensões de droga feitas pela Policia Judiciaria guineense.


A Guiné-Bissau conheceu, no dia 12 de Abril, mais um golpe de Estado que destituiu o Presidente interino, Raimundo Pereira, e o Primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, sendo que o país é agora dirigido por um Governo de transição, mas que não é reconhecido pela maioria da comunidade internacional.

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