(Palavras leva-as o vento e cheio de boas intenções está o inferno cheio)
Bissau – O primeiro-ministro, Rui Duarte de Barros apresentou, neste fim-de-semana, o programa do seu executivo para os próximos 10 meses restantes da sua vigência aos partidos signatários do pacto de transição.
O referido programa articula-se em torno de cinco eixos principais definidos no quadro do governo de transição que são: Preparação das eleições gerais, combate a impunidade, crime organizado, a corrupção e reforma do sector da defesa e segurança e justiça.
Rui Barros disse que o governo vai preparar eleições para que decorram de forma justa e transparente, porque, na sua opinião, estas duas questões foram dos principais problemas que originaram o golpe de Estado de 12 de Abril.
“Achamos prioritário resolver o problema do recenseamento bio métrico no país antes das eleições de 2013, por isso é preciso meios financeiros, no entanto este processo tem que ter lugar para a própria transparência do escrutínio e a contento de todos,” estimou o primeiro-ministro.
Rui Duarte de Barros considera a realização das eleições de 2013 como propósito do seu governo e diz que o timing de transição vai de acordo com o programa do executivo que considera ambicioso e extremamente pequeno.
No capítulo da justiça e combate a impunidade, o chefe do executivo de transição considera que uma parte dos trabalhos a ser realizados depende directamente do governo e a outra esta ligada a outros actores tais como a presidência da república.
“ Faremos de tudo para criar condições aos órgãos do justiça para que possam, minimamente, antes das eleições, funcionar em condições, sobretudo com julgamento dos recentes casos de assassinatos ocorridos no país,” garantiu o primeiro-ministro de transição.
O Governo, segundo Rui Barros, está empenhado na busca de meios para reforçar o combate ao narcotráfico e ao crime organizado enquanto que na reforma do sector da defesa e segurança promete uma série de acompanhamentos e não o mero “ir para casa sem seguros de vida”, tal como muitos pensam.
“Temos forças armadas que devem responder as expectativas do país, para isso devem ser equipadas de meios e para os que já não respondem a essas condições vão ser criadas oportunidades para a continuidade das suas actividades. Para isso vai ser criado um programa de reinserção e criação de pensões” prometeu o chefe do governo.
“No domínio económico e financeiro vamos continuar com as mesmas medidas, suportadas pelo Banco Mundial (BM) e o Fundo Monetário Internacional (FMI), que achamos necessários para o pais”, defendeu o chefe do executivo. ANG/FGS/JAM
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