Bissau – Koumba Yalà, líder e porta-voz de grupo dos cinco candidatos que contestam os resultados eleitorais na Guiné-Bissau, disse esta terça-feira, 3 de Abril, que não vai reconhecer o enviado especial da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO,) Alfa Conde, Presidente da Guiné-Conacri sobre a crise pós-eleitoral no país.
«Não reconhecemos este Presidente da Guiné-Conacri para vir cá mediar qualquer situação interna. Ele é suspeito, sabe porquê e pode justificar porque é que não o queremos na Guiné-Bissau», determinou Kumba Yalá.
Koumba Yalá prestou estas declarações durante uma conferência de imprensa, que contou com a presença dos seus colegas, onde reafirmou a sua posição de não participar na segunda volta das eleições presidências antecipadas, previstas para 22 de Abril.
Em relação ao sorteio da Comissão Nacional de Eleições (CNE), realizado esta terça-feira, para posicionar os dois candidatos da segunda volta, o candidato apoiado pelo Partido da Renovação Social (PRS), disse que não vai participar em qualquer eleição, e que a CNE faça às eleições com um candidato que pretenda vencer sozinho.
Apesar destas contestações, a PNN apurou, junto da Comissão Nacional de Eleições, que Koumba Yalà não apresentou diante o Supremo Tribunal de Justiça a sua posição de não concorrer à segunda volta, cuja entrega expirou a 2 de Abril.
A CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) indicou esta segunda-feira, 2 de Abril, em Dacar, no Senegal, o Presidente Alpha Condé, da Guiné-Conacri, como mediador da crise pós-eleitoral na Guiné-Bissau, originada pela recusa de Kumba Ialá em participar na segunda volta das presidenciais, alegando fraude eleitoral.
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