Bissau - O Programa Alimentar Mundial (PAM) vai reduzir na Guiné-Bissau a doação de alimentos e investir mais nas áreas de capacitação das instituições e das populações nos aspectos da assistência alimentar, noticia hoje (sexta-feira) a LUSA.
"O PAM está numa fase de transição", passando de "actividades mais no âmbito da emergência", caracterizada por ajuda alimentar, para uma fase de sistema de assistência alimentar", porque estão criadas as condições e há mais estabilidade, justificou hoje em Bissau o representante do PAM, Pedro Figueiredo.
Em declarações à Agência Lusa, o responsável explicou que parte da insegurança alimentar na Guiné-Bissau pode ser combatida com dietas mais variadas e ricas, difundindo-se o conhecimento do valor nutricional de alimentos locais, como o amendoim ou o caju.
"Essa capacitação também passa pela promoção de compras locais e de produção local. Já existem iniciativas e queremos, com agências parceiras, promover esse tipo de formação", acrescentou.
Depois, disse, na Guiné-Bissau e no resto do mundo o PAM está também a concentrar esforços nas crianças de tenra idade. "Na nossa reunião global, no mês passado na Suíça, foi definido um programa como prioridade que é ter como foco os primeiros mil dias da criança, a gestação e mais dois anos".
O PAM está na Guiné-Bissau desde 1975, prestando assistência a mais de 300 mil pessoas, das quais pelo menos 180 mil são alunos das escolas, até ao 6.º ano, que recebem uma refeição diária.
Com a UNICEF, outra agência das Nações Unidas, apoia os centros de saúde materno-infantil, e tem ainda programas de apoio a doentes com Sida e à reabilitação de bolanhas.
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