quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Maioria dos países lusófonos com "baixo desenvolvimento humano", Moçambique o pior, revela ONU

Apesar dos progressos alcançados nas últimas duas décadas, a maioria dos oito países lusófonos mantém a classificação de "baixo desenvolvimento humano", sendo Moçambique o quarto pior do mundo no índice de 2011 das Nações Unidas.

Moçambique (184.º), Guiné-Bissau (176.º), Angola (148.º), Timor-Leste (147.º) e São Tomé e Príncipe (144.º) continuam a ocupar os lugares mais baixos no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que este ano analisou187 países.

Cabo Verde (133.º) surge classificado como tendo "desenvolvimento humano médio" e o Brasil (84.º) como país de "desenvolvimento humano elevado".

Portugal é o único lusófono entre os 47 países com "desenvolvimento humano muito elevado" e Moçambique o pior classificado no índice elaborado desde 1990 pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

Esperança de vida e rendimentos médios

Em Moçambique, a esperança de vida ronda os 50,2 anos, há apenas 1,2 anos de escolaridade média e 898 dólares de rendimento per capita (643 euros).    

A Guiné-Bissau é o país lusófono com a menor esperança de vida à nascença (48,1 anos), registando 2,3 anos de escolaridade média e um rendimento per capita de 994 dólares (712 euros).

Angola regista uma esperança média de vida de 51,1 anos, 4,4 anos de escolaridade média e um rendimento per capita de 4.874 dólares (3.486 euros).   

O estudo revela ainda que mais de metade da população angolana vive abaixo do limiar da pobreza ou em pobreza extrema, ressalvando contudo que os últimos dados disponíveis nesta área remontam a 2001.

Em Timor-Leste, a pobreza extrema atinge 38,7 por cento da população (dados de 2009) e o RNB per capita ronda os 3.005 dólares (2.147 euros).    

Ao nascer, um timorense pode esperar viver em média 62,5 anos e ir à escola 2,8.

Os cidadãos são-tomenses vivem em média 64,7 anos, ganham 1.792 dólares (1.280 euros) e as crianças frequentam a escola em média durante 4,2 anos.    

Cerca de 28 por cento da população vive abaixo do limiar da pobreza e há 10 por cento de cidadãos em pobreza extrema.

Cabo Verde atinge em 2011 os 74,2 anos de esperança de vida e os 3,5 anos de escolaridade média, enquanto o RNB per capita é de 3.402 dólares (2.428 euros).

Relativamente à tabela de 2010, a generalidade dos países manteve as classificações, à exceção de Portugal, que desceu uma posição, e do Brasil que subiu outra, contudo, os responsáveis pelo índice ressalvam que na edição deste ano são avaliados mais 16 países que na anterior e que o método de análise dos dados foi alterado.

Lusa  

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