O Governo da Guiné-Bissau e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) lançaram hoje uma campanha nacional de distribuição de mosquiteiros banhados com inseticidas, no âmbito da luta contra a malária, principal doença no país.
Durante quatro dias, mais de 200 mil famílias guineenses irão receber mais de 900 mil mosquiteiros impregnados (banhados com inseticidas) para lutar contra a malária que, segundo o ministro guineense da Saúde, constitui "uma calamidade nacional" na Guiné-Bissau.
Só em 2010, a Malária afetou mais de 140 mil guineenses, entre as pessoas que procuraram os centros de atendimento médico no país, frisou Camilo Simões Pereira, sublinhando ainda que a doença "tem um custo elevadíssimo nas despesas públicas".
Geoff Wiffin, representante da UNICEF na Guiné-Bissau, disse que a malária, conhecida no país por paludismo, é o motivo que leva 43 por cento das pessoas a procurar atendimento médico, e é responsável por 58 por cento das mortes no setor sanitário e por 47 por cento das mortes de crianças com menos de cinco anos.
O responsável da UNICEF diz, contudo, que o caso é preocupante quando se sabe que "perto da metade das famílias guineenses não tem mosquiteiros impregnados nos seus lares", isto de acordo com os dados do último inquérito aos indicadores múltiplos conduzidos pelo Governo.
Os mosquiteiros que hoje começaram a ser distribuídos na Guiné-Bissau foram comprados no âmbito do Fundo Global para o combate à Malária, Tuberculose e SIDA, num valor de sete milhões de dólares americanos (5,1 milhões de euros).
Entre outros países, financiam o Fundo Global, Portugal, Espanha, França, Reino Unido, Estados Unidos e Japão. A campanha de distribuição gratuita dos mosquiteiros tem como lema "Juntos podemos conseguir mais" e visa sensibilizar a utilização correta e seguida dos mosquiteiros, uma forma de reduzir a malária no país.
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