«Jardim Botânico», de Luís Naves e editado pela Quetzal, vai ser lançado no dia 4 de Fevereiro, três dias antes da apresentação de Pedro Mexia, pelas 18h30, na Livraria Bertrand do Chiado, em Lisboa.
«Em Junho de 1998 estalou uma inesperada rebelião militar na Guiné-Bissau. Não estavam em causa questões étnicas ou religiosas, mas sobretudo a rivalidade entre dois homens, o Presidente Nino Vieira e o chefe das forças armadas, brigadeiro Ansumane Mané. A rebelião provocou um curto período de guerra civil, que durou sete semanas. Seguiu-se quase um ano de impasse e uma década de alta instabilidade. Na realidade, a Guiné nunca recuperou daquele episódio. Em poucos dias, o país transformara-se num imenso campo de refugiados. Bissau ficou cercada e praticamente vazia. Deixou até de haver dinheiro.
Esta é a história de quatro pessoas no meio da catástrofe humana. Como todas as viagens, tem um ponto de partida e outro de chegada, embora quem ande à deriva não veja assim a forma do caminho. A certo ponto, diz uma das personagens: «É preciso que alguém escreva sobre o que se passou aqui». Motivo suficiente ou talvez a referência à inutilidade e à incerteza, ao que nos leva para o interior de uma vereda estreita, uns à procura de si mesmos, outros em fuga. Existe uma cortina que nos separa do mundo espesso para lá do qual se escondem os nossos medos. E, por vezes, alguém entreabre essa cortina e estamos dentro de uma selva que não compreendemos»
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