Bissau - Os sindicatos dos magistrados da Guiné-Bissau iniciaram hoje (terça-feira) mais um período de três dias de greve para reivindicar melhores condições salariais e de trabalho.
Na semana passada os três sindicatos que representam os funcionários do sector - Associação Sindical dos Magistrados Guineenses, o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público e o Sindicato Nacional dos Oficiais de Justiça - já tinham paralisado três dias.
"Não há nenhuma contra-proposta da parte do Governo. Esta inércia do Governo significa que não está interessado em negociar com os sindicatos do sector da justiça", afirmou à agência Lusa Bacar Biai, presidente do Sindicato dos Magistrados Judiciais do Ministério Público.
Bacar Biai disse que argumentou que as pessoas querem provavelmente que a justiça guineense fique no estado em que se encontra, ironizou o sindicalista guineense para quem o Governo não "está interessado na modernização da justiça".
Sem descartar a hipótese de uma outra greve, Bacai Biai disse que os sindicatos vão "endurecer mais as posições".
"Vamos aumentar os dias em vez de três dias, vamos fazer cinco, ou dez ou 15", afirmou.
O sindicalista explicou também que o que se está a exigir ao Governo é possível de se concretizar.
"Somos responsáveis, somos homens de Estado, conhecemos quais são as deficiências económicas que o país tem, por isso exigimos razoavelmente aquilo que está dentro das possibilidades económicas do governo para cumprir", afirmou.
A greve termina na quinta-feira.
Sem comentários:
Enviar um comentário