Os polícias querem que sejam equiparados aos militares, cujos ordenados são superiores, em quase todas as categorias de funções ou unidades
Por Lassana Cassamá | Bissau Quinta, 27 Janeiro 2011
Foto: ASSOCIATED PRESS
27 Jan, 2011 - Na Guiné-Bissau, os polícias e os guarda-fronteira protestam contra o facto de os seus salários não estarem equiparados aos dos militares, gerando uma situação que levou à intervenção do CEMGFA e de dois ministros. A notícia só veio ao público hoje. Os polícias de todas as corporações, recusaram receber os seus salários do mês de Janeiro.
No fundo da questão querem que sejam equiparados aos militares, cujos ordenados são superiores, em quase todas as categorias de funções ou unidades.Porquanto a situação estava a ganhar outros contornos, os ministros do Interior, das Finanças e o Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas deslocaram-se hoje ao Comissário-geral da Policia de Ordem Publica para persuadir os agentes a receberem os ordenados.
Perante centenas de agentes e oficiais policiais, António Indjai, Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas pediu para que os militares presentes e paramilitares se responsabilizarem, em coro,dizendo que são eles os responsáveis pelas constantes instabilidades com que o país tem-se confrontado.
O chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas apela paz e estabilidadade,afirmado que, sem paz, não se pode falar de desenvolvimento, quanto mais do pagamento dos salários que estão a ser exigidos pelos agentes da policia, ao mesmo tempo que responsabilizou os militares e paramilitares por serem os culpados pelas crises que o país conheceu ao longo de anos. Um reconhecimento feito durante a reunião com os policiais que, finalmente, aceitaram receber os seus ordenados, com promessa da equiparação com os militares seja feita no próximo pagamento do mês de Fevereiro.
A situação era tão complicada que sugeriu a intervenção a este nível. Foi nesta mesma reunião que o Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, António Indjai, acusou os agentes do Ministério do Interior de serem os principais promotores dos acontecimentos que ocorrem na Guiné-Bissau, tendo apelado a um maior esforço para garantia de paz e estabilidade, como forma de garantir o desenvolvimento do país.
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