Bissau, 26 jan (Lusa) – O Ministério da Economia da Guiné-Bissau assinou hoje com um grupo de empresários chineses, um memorando de cooperação para investimentos em projetos nos setores agroindustriais, das pescas e energia, por um período de 10 anos.
O ato de assinatura do memorando foi presidido pelo diretor-geral da Direcção de Promoção do Investimento Privado da Guiné-Bissau, José Carimo Ly, e por Xina Jin, coordenador da missão chinesa, composta por empresários das regiões de Macau e de Liaoning.
Na cerimónia, Carimo Ly lembrou que a cooperação entre a Guiné-Bissau e a China tem sido caracterizada por uma “ajuda substancial, ilustrada por obras de infraestruturas emblemáticas”.
Xina Jin afirmou que os empresários irão investir em projetos relacionados com o processamento da castanha de caju, principal produto exportado pela Guiné-Bissau, com o cultivo de arroz, pescas e energia, neste último setor através da “construção de pequenas centrais hidroelétricas”.
Segundo um comunicado do Ministério da Economia guineense, as “duas partes apostam na mobilização do Fundo Sino-Africano, a nível sub-regional, e das verbas prometidas pelas autoridades chinesas no âmbito do Fundo de Desenvolvimento da Cooperação Comercial e Económica do Fórum Macau” para desenvolverem os projetos.
A vinda do grupo empresarial de Liaoning e de Macau é uma iniciativa do primeiro-ministro guineense, formalizada no decurso da sua visita ao território, em meados de novembro, por ocasião da III Conferência Ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa.
A cooperação económica e comercial entre os dois países ainda tem pouca expressão.
As estatísticas do comércio externo revelam que as exportações para a China representam apenas 0,2 por cento do total dos produtos exportados pela Guiné-Bissau, enquanto as importações diretas de Pequim correspondem a 0,4 por cento no total das importações guineenses.
“Na área do investimento empresarial não existem dados, mas tudo indica que efetivamente não tem havido investimentos e portanto este memorando pode ser um instrumento catalisador do investimento entre os nossos países”, salientou Carimo Ly.
MSE.
*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***
Lusa/Fim
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