Bissau – O director-geral das Migrações e Fronteiras da Guiné-Bissau, confirmou esta segunda-feira, a ruptura de passaportes no país.
Falando em exclusivo, José Bacar Camará explicou que a situação se deve à intenção do Governo de mudar o documento de identificação no início do ano de 2011, para que a Guiné-Bissau passe a ter um passaporte com logótipo da Comunidade Económica de Desenvolvimento da África Ocidental (CEDEAO).
«Esta situação tinha a ver com concursos públicos aos quais submetemos as empresas interessadas no fornecimento do passaporte, pelo que, na altura, tínhamos suspendido a emissão da antiga gama de passaportes», informou Bacar Camará.
Para fazer face a esta realidade, o responsável informou que a SEMLEX, empresa encarregada de emitir os passaportes já foi r
ecomendada a fornecer 20 mil passaportes. Metade do número encomendado de passaportes vai ser enviada para as representações diplomáticas da Guiné-Bissau no Senegal, Cabo-Verde, Portugal, França e Espanha.
Sobre a situação dos cidadãos estrangeiros na Guiné-Bissau, José Bacar Camará revelou que mais 200 mil pessoas de diferentes nacionalidades vivem na Guiné-Bissau sem nenhum documento de identificação, e pouco mais de 48 mil estão legalmente no território nacional.
Neste sentido, o responsável admitiu a possibilidade de o Governo vir a adoptar medidas de expulsão destas pessoas do território nacional. «Uma pessoa que se encontra num país estrangeiro sem nenhuma ocupação é prejudicial para nós, não podemos permitir esta situação», advertiu.
Os serviços de migração e fronteiras anunciaram para breve, uma operação que visa levar as pessoas em situação irregular na Guiné-Bissau a legalizarem-se.
Sumba Nansil
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