O plano para o sector agrícola na Guiné-Bissau e o seu financiamento vão ser discutidos entre hoje e amanhã numa mesa redonda, organizada pelo Ministério da Agricultura guineense.
"O objectivo da reunião é apresentar o plano e assinar um pacto em que os diferentes actores que assinarem o pacto assumem o compromisso de acompanhar o esforço do governo na implementação do plano", disse à agência Lusa Aníbal Pereira, director do Gabinete de Planeamento Agrícola guineense.
O plano define cinco linhas principais de intervenção - produção da fileira de vegetais, pescas, produtos alimentares florestais, gestão de recursos naturais e coordenação institucional - e deverá ser implementado nos próximos cinco anos.
O plano nacional de investimento para o sector agrícola foi um processo que durou dois anos a fazer e foi aprovado a semana passada em Conselho de Ministros, disse.
"Todas as intervenções futuras vão ter de ser alinhadas no plano", explicou.
A título de exemplo, Aníbal Pereira explicou que se pretende diversificar o que se cultiva no país e aumentar a produção de arroz, base alimentar dos guineenses.
"Em termos de arroz pretende-se pôr em produção 46 mil hectares. O que se quer com o programa é conseguir ter entre 90 a 98 mil toneladas de arroz para podermos reduzir o défice em 50 por cento até 2015", disse.
A Guiné-Bissau importa a maior parte do arroz que consume.
"Em tempos, a Guiné-Bissau exportou arroz para a sub-região. Agora há muita degradação dos sistemas de produção e é preciso reorganizar o processo de produção que estamos a tentar pôr em marcha com este plano", disse.
O pacto será assinado amanhã entre o governo guineense e os parceiros de desenvolvimento, bem como pelo sector privado e organizações da sociedade civil e agrícolas.
Lusa
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