sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Mortes por malária em decréscimo na Guiné-Bissau

Salvador Gomes
Correspondente da BBC em Bissau

A luta contra o paludismo na Guiné-Bissau regista resultados encorajadores. Indicadores apontam para a redução de casos e óbitos por paludismo, doença endémica no país.

Em entrevista à BBC, o coordenador nacional do Programa de Luta contra o Paludismo, Paulo Djata revelou que o número de óbitos baixou de 1200, em 2000, para 390 em 2009.

"Esta situação encoraja-nos a prosseguir a luta contra essa doença", disse Djata que acrescentou que, quanto ao número de casos, se registaram mais de 250 mil, mas que nos últimos tempos baixou para cerca de 150 mil.

Djata disse que o combate ao paludismo está no bom caminho graças ao apoio do Fundo Mundial e à implantação de mecanismos de prevenção da doença em todas as regiões sanitárias da Guiné-Bissau.

"Se esse apoio continuar podemos chegar a menos de 100 óbitos por ano", afirmou.

O coordenador nacional do programa considera que ainda é cedo para se falar em erradicação da doença não obstante os avanços registados e as novas formas de prevenção que deverão começar a ser implementadas, no âmbito de um acordo assinado recentemente entre as autoridades sanitárias da Guiné-Bissau, Cuba e Venezuela.

"Com apoio do Fundo Mundial, não conseguimos implementar todas as medidas de prevenção. Só fazemos a distribuição de mosquiteiros impregnados e impregnacão. Mas, com esse acordo vamos implementar outras formas de prevenção, que certamente trarão resultados positivos", explicou.

O paludismo é a principal causa de morte, e motivo da maioria das consultas na Guiné-Bissau.

Nos últimos anos foi introduzido o teste rápido de diagnóstico, para melhorar a qualidade do diagnóstico e o tratamento da doença.

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