quinta-feira, 17 de julho de 2014

Angola lidera Confederação Empresarial dos PALOP

Angola vai liderar nos próximos quatro anos a Confederação Empresarial dos seis Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), formalmente criada em Luanda, estabelecendo a formação e acesso ao crédito como prioridades do mandato.

Angola lidera Confederação Empresarial dos PALOP

Esta nova confederação, criada a partir de estrutura idêntica que já funciona no âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), integra além de Angola os empresários de Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau e Guiné Equatorial enquanto membros fundadores.

O presidente da Associação Empresarial de Viana (Luanda), Francisco Viana, foi hoje eleito pelos restantes membros como primeiro presidente da confederação e já traçou o aproveitamento e capacitação do capital humano dos seis países como fator que pode fazer a diferença.

"O continente africano é último a arrancar [no desenvolvimento económico] mas não quer dizer que a gente tenha de ficar nos últimos lugares. Podemos recuperar", disse Francisco Viana.

Embora reconhecendo que os PALOP têm "muito petróleo" e uma "riqueza imensa mineira", defende que áreas como as novas tecnologias e a agricultura também devem merecer a atenção das empresas destes seis países.

"Mais importante que todos os recursos é o homem. O nosso povo é um diamante, vamos polir esse diamante para que ele brilhe. Vamos formar as nossas populações e os nossos empresários", defendeu.

Os cinco PALOP iniciais - que ao nível empresarial integram agora também a Guiné Equatorial - mantêm relações políticas e económicas há quase 40 anos, após o fim do colonialismo português. No entanto, afirma Francisco Viana, estes países ainda procuram a independência económica.

"No tempo da luta da libertação nacional o empresário tinha a kalashnikov. Hoje continuamos a luta da libertação pela via do negócio, da economia. Já não usamos kalashnikov, usamos a ferramenta do pequeno e do micronegócio", acrescentou.

A capacidade de união dos empresários e o acesso a crédito bancário em condições próximas às disponibilizadas para investidores de outros países são pretensões desde já estabelecidas pela direção da nova estrutura empresarial dos PALOP, cuja primeira reunião após a sua constituição formal - durante a manhã - teve lugar à tarde em Luanda.

Na quinta-feira realiza-se o I Fórum Económico dos PALOP, organizado por esta confederação e que vai reunir em Luanda governantes, empresários, gestores e organismos internacionais.

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