quinta-feira, 17 de julho de 2014

O novo ministro guineense da Energia, Florentino Pereira, classificada situação elétrica na Guiné como "catastrófica"

O novo ministro guineense da Energia, Florentino Pereira, classificou hoje como catastrófica a situação da eletricidade da rede pública do país, com o Estado impotente para dar respostas às necessidades da população.

Situação elétrica na Guiné classificada como catastrófica


Secretário-geral do Partido da Renovação Social (PRS), segundo maior partido no Parlamento guineense, Florentino Pereira visitou hoje a central elétrica de Bissau e a EAGB (Empresa de Água e Eletricidade da Guiné-Bissau) para constatar a situação da

"A nossa empresa encontra-se num estado catastrófico. A cidade de Bissau precisa de 30 megawatts para garantir energia regular aos habitantes, mas neste momento a potência instalada é de 11 megawatts e destes só estão disponíveis oito megawatts", disse Florentino Pereira.

A empresa vende a crédito a energia consumida mas mesmo assim desde dezembro que não consegue fornecer energia elétrica de forma regular. A administração da EAGB diz que o sistema informático de cobrança e emissão de faturas está avariado.

A Associação de Defesa de Consumidores (Acobes) afirma não compreender o facto de os clientes da empresa pagarem a credito o fornecimento de energia mas que nunca têm nas suas casas.

Em Bissau é sempre uma novidade no dia em que há energia eletrica ou água canalizada.

O novo ministro determinou que a partir de hoje qualquer pagamento ou compra de cartão de crédito de energia deve ser feito no banco. O consumidor apenas terá que apresentar o talão de depósito e levantar o cartão de crédito de energia.

Florentino Pereira admitiu igualmente que a empresa enfrenta dificuldades com uma rede deficitária de distribuição de energia - a empresa só tem capacidade para distribuir 15 megawatts de energia -, falta de equipamentos para detetar avarias na rede, incapacidade para compra de combustíveis.

O responsável acredita que com os apoios anunciados e já disponibilizados por parceiros como Banco Mundial (que já disponibilizou 22, 5 milhões de dólares), Banco Africano de Desenvolvimento, Banco Oeste Africano de Desenvolvimento, União Europeia e China, o setor conhecerá melhorais nos próximos tempos.

Lusa

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