Terá lugar no dia 11 de julho, pelas 18 horas, o lançamento do livro “Direitos Humanos na Guiné-Bissau” do escritor Fernando Gomes.
O livro será apresentado na UCCLA (União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa - Rua de São Bento, n.º 640, Lisboa) pelo seu Secretário-Geral, Vitor Ramalho, e contará com a presença dos vereadores da Câmara Municipal de Lisboa João Afonso, dos Direitos Sociais, e Carlos Manuel Castro, das Relações Internacionais.
O livro tem o prefácio do Dr. Mário Soares.
Sinopse: “Vivemos no mundo dos direitos, mas também da sua negação. É espantoso como toda esta dualidade nos conduz a um estado de alerta permanente, de eminente intervenção e, no meu caso, de lamento pela distância do meu país, por as condições me impedirem de atuar, de intervir, de defender os oprimidos e torturados, de tentar impedir as arbitrariedades que hoje são cometidas diariamente na Guiné-Bissau.”
Fernando Gomes é uma referência não apenas no país onde nasceu, a Guiné-Bissau, como em todo o continente africano, pela defesa intransigente dos direitos humanos e dos valores democráticos.
É advogado e doutorou-se em direito internacional.
Foi fundador e presidente da Liga Guineense dos Diretos Humanos, do Fórum das ONG´s dos Direitos Homem e da Criança dos PALOP e do Movimento Nacional da Sociedade Civil para a Paz, Democracia e Desenvolvimento da Guiné-Bissau.
Entre 1991 e 1992, foi o promotor e coordenador da Campanha Nacional de Luta pela Abolição da Pena de Morte na Guiné-Bissau, organizada pela Liga Guineense dos Direitos Humanos. Em 1992, foi um dos fundadores da União Interafricana dos Direitos Humanos, tendo sido eleito seu vice-presidente, em 1995.
Em 1996 foi galardoado com o Prémio Internacional dos Direitos Humanos de Espanha.
Em 1997 foi eleito vice-presidente da Federação Internacional dos Direitos Humanos e, em 1998, representante dos defensores dos direitos humanos do Continente Africano, no Comité de Pilotagem da Conferência Mundial dos Direitos Humanos em Paris.
No campo político, de 2004 a 2008, foi Deputado da Assembleia Nacional Popular da Guiné Bissau. De 2008 a 2011 foi Ministro da Função Pública, Trabalho e Modernização do Estado e, de 2011 a 2012, foi Ministro do Interior da Guiné Bissau.
Continua ligado à defesa dos direitos humanos. É membro honorário da Associação Portuguesa dos Amigos dos Reclusos (APAR) e presidente Honorário da Liga dos Direitos Humanos da Guiné-Bissau (que criou) e do Movimento Nacional da Sociedade Civil para a Paz, Democracia e Desenvolvimento da Guiné-Bissau (que lançou).
As recentes eleições ocorridas na Guiné-Bissau, consideradas livres e justas e que reconciliaram o país com a comunidade internacional, abrem perspetivas muito positivas para que a salvaguarda dos direitos humanos se reforce, como aliás o referiram o Presidente da República e Primeiro Ministro recentemente empossados, havendo fundadas expectativas para que o povo da Guiné-Bissau disfrute de uma merecida esperança na consolidação da paz.
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