O representante da União Africana (UA) na Guiné-Bissau, Ovídio Pequeno, defendeu a realização de uma missão conjunta de organizações internacionais para o país lusófono, que considera que necessita de ajuda urgente.
"Por mais vontade que o governo tenha, se não for dada a ajuda necessária não conseguirá resolver os problemas profundos de que padece um país onde o Estado quase deixou de existir", referiu.
Ovídio Pequeno falava durante a X Cimeira da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), realizada em Dili, Timor-Leste, pedindo apoio para as autoridades guineenses eleitas este ano, após o golpe de Estado de abril de 2012.
O representante da UA enfatizou "a necessidade de os parceiros internacionais, nomeadamente a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), a CPLP, as Nações Unidas, a União Africana, a União Europeia e a Organização Internacional da Francofonia, levarem a cabo mais uma missão conjunta" no país.
A missão deverá ter como objetivo analisar com o novo governo de Bissau as prioridades urgentes e perspetivar a preparação da conferência internacional de doadores, prevista para este ano, e "poderá ser aproveitada para fazer uma análise profunda, em conjunto com as autoridades nacionais, sobre a transformação da ECOMIB depois da expiração do seu mandato em finais de 2014", acrescentou.
A ECOMIB é um contingente militar de 700 elementos da África Ocidental estacionado na Guiné-Bissau no âmbito da CEDEAO, para pacificação do país após o golpe de 2012.
"Ao mesmo tempo que lançamos um veemente apelo à comunidade internacional e aos nossos parceiros para uma ajuda mais célere à Guiné-Bissau, é imperioso desafiar os próprios guineenses a um entendimento, a um sentido de responsabilidade e de patriotismo na defesa dos interesses superiores da Nação", sublinhou Ovídio Pequeno.
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