O antigo chefe do Estado-Maior da Força Aérea da Guiné-Bissau, general Melcíades Fernandes, que se encontrava refugiado na sede da União Europeia, em Bissau, há perto de dois anos, saiu hoje das instalações, em liberdade.
Em nome do Governo empossado em funções na sexta-feira, o secretário de Estado da Ordem Pública, Doménico Sanca, fez questão de sublinhar que a restituição de liberdade ao general conhecido no país por Manel Mina, se enquadra no retorno à normalidade na Guiné-Bissau.
O general Manel Mina refugiou-se na sede da União Europeia, em 2012, na sequência de desentendimentos com as chefias militares que, entretanto, tinham protagonizado um golpe militar contra o governo do primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior.
O general também é acusado, pela chefia do Exército, de estar envolvido na morte à bomba do antigo chefe das Forças Armadas, Tagmé Na Waié, embora o caso ainda não tenha sido julgado em tribunal.
O oficial refugiou-se na sede da União Europeia por se sentir ameaçado.
Ao sair da representação da União Europeia, sem ser detido, hoje, após 21 meses, Manel Mina afirmou sentir-se "feliz".
"É um dos momentos mais felizes da minha vida. Agradeço à União Europeia pelo acolhimento que me deram", disse o general, que ainda se considera quadro das Forças Armadas, por nunca ter sido exonerado.
O novo secretário de Estado da Ordem Publica da Guiné-Bissau, Doménico Sanca, observou, por seu turno, que a restituição da liberdade ao general "é também a retoma da autoridade do Estado".
Doménico Sanca prometeu encetar várias medidas para a "normalização efetiva" do país.
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