Bissau – O Governo da Guiné-Bissau garantiu esta sexta feira, resolver o problema de falta de documentação que a comunidade guineense vem enfrentando nos últimos tempos no estrangeiro.
Em declarações exclusivas à PNN, o Secretário de Estado das Comunidades guineense, Fernando Augusto Gomes Dias, estimou o prazo máximo de quinze dias para resolver a questão da não entrega de passaportes nas representações diplomáticas do país. Gomes Dias frisou ainda que o Executivo orientou a empresa belga, Semlex para colocar equipamentos próprios para a elaboração dos passaportes nos países onde a comunidade guineense é mais representativa.
«Face à ruptura de passaportes, penso que dentro de duas semanas, vamos ter máquinas em alguns países, como Espanha, Portugal e França», garantiu o governante. Perante esta situação de falta de passaportes, Fernando Dias reconheceu as dificuldades que a comunidade guineense vem enfrentando no estrangeiro, assunto que disse ser da preocupação do Governo de Bissau.
«Garanto à diáspora que vamos resolver os seus problemas brevemente. Apelo a que tenham mais calma porque a Guiné-Bissau é um país frágil, não faz sentido criar perturbações», disse Fernando Dias.
O Secretário de Estado das Comunidade disse, por outro lado, que o passaporte da Guiné-Bissau está a circular um pouco por todo mundo de forma descontrolada e que é urgente controlar a situação, porque é a identidade dos guineenses que está em causa.
Para fazer face a esta realidade, o responsável pela pasta das Comunidades, informou que o Executivo já solicitou às autoridades cubanas que façam outro modelo deste documento de identificação, que garanta maior segurança no que diz respeito à sua falsificação.
O governante anunciou ainda, que a partir de 2011, a Guiné-Bissau vai adoptar o passaporte da Comunidade Económica para o Desenvolvimento da África Ocidental (CEDEAO), embora seja um modelo adaptado ao país.
Recorde-se que os imigrantes guineenses residentes em Espanha, haviam prometido no início desta semana manifestar-se, na sequência das dificuldades que têm tido na aquisição de documentos nas representações diplomáticas. A diáspora em Espanha tinha prometido desencadear um protesto junto dos quatro consulados da Guiné-Bissau, caso não fossem resolvidos os problemas dos passaportes em falta, que a maioria enfrenta há vários anos.
Sumba Nansil
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