Bissau - O Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial (BM) anunciaram hoje (sexta-feira) um alívio da dívida para a Guiné-Bissau de 1,2 mil milhões de dólares (905 milhões de euros) e assistência financeira para reduzir ainda mais a dívida do país.
"O Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Associação Internacional de Desenvolvimento (AID) do Banco Mundial decidiram conceder à Guiné-Bissau alívio da dívida no montante de 1,2 mil milhões de dólares", refere um comunicado conjunto daquelas duas instituições.
Segundo o documento, "para além do alívio da dívida que havia sido acordado no ponto de decisão da Iniciativa Reforçada para os Países Pobres Muito Endividados (HIPC), os conselhos de administração de ambas as instituições decidiram que a Guiné-Bissau receberá assistência financeira, inclusivamente da AID e do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), de modo a reduzir ainda
mais a dívida do país, para 150 porcento das exportações no ponto de conclusão".
"Ao atingir o ponto de conclusão HIPC, a Guiné-Bissau também qualificou-se para o alívio da dívida adicional no âmbito da Iniciativa Multilateral de Alívio da Dívida", acrescenta o documento.
Segundo os conselhos de administração das duas instituições, a "Guiné-Bissau tomou todas as medidas políticas necessárias para atingir o ponto de conclusão".
"Atingir o ponto de conclusão da Iniciativa HIPC e obter o alívio da dívida são uma demonstração clara dos progressos realizados pela Guiné-Bissau nos últimos dois anos em termos do fortalecimento das políticas e do desempenho macro - económico na sequência de um período prolongado de instabilidade política", disse o chefe da missão do FMI para a Guiné-Bissau, Paulo Drummond.
Para Paulo Drummond, o alívio da dívida "ajudará o país a melhorar ainda mais as suas relações com os credores externos, enviará um sinal positivo aos doadores e investidores em potencial e contribuirá muito para aumentar a sustentabilidade da dívida."
"O país está a colher os frutos do seu esforço hercúleo para restaurar a estabilidade económica, social e institucional. Daqui para a frente, a Guiné-Bissau e seus parceiros passarão a ter como foco o enorme desafio de recuperar o que foi perdido ao longo das últimas décadas, assoladas por conflitos", afirmou o director do Banco Mundial para a Guiné-Bissau, Habib Fetini.
"Vive-se hoje um clima de esperança e instamos as autoridades e o povo da Guiné-Bissau a tirarem proveito deste impulso para alcançarem novos progressos em matéria de estabilidade política e primado do direito, rompendo o círculo vicioso de degradação económica e social, instabilidade política e destruição institucional", acrescentou.
A Guiné-Bissau é o 32º país a atingir o ponto de conclusão da Iniciativa Reforçada para os Países Pobres Muito Endividados.
Sem comentários:
Enviar um comentário