Nova Iorque - O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou terça-feira, o seu acordo a um perdão de dívida à Guiné-Bissau, que terá ainda de ser aprovado pelo Banco Mundial.
Em reunião na segunda-feira, o comité executivo do Fundo deu o seu acordo de princípio de que a Guiné-Bissau "deu os passos necessários" para atingir o ponto de conclusão da iniciativa de apoio aos países altamente endividados (HIPC), refere um comunicado hoje (quarta-feira) divulgado em Washington.
O alcance do ponto de conclusão depende ainda de uma decisão equivalente do conselho executivo da Associação Internacional para o Desenvolvimento, do Banco Mundial, que terá lugar a 16 de dezembro.
As duas instituições financeiras irão divulgar um comunicado conjunto após a reunião.
A dívida externa da Guiné-Bissau está calculada em mais de 1,5 mil milhões de dólares (1,14 mil milhões de euros) e desde 2001 que o país tem tentado, sem êxito, cumprir com os critérios para que possa beneficiar de um perdão.
De acordo com as Nações Unidas, o perdão de dívida na sequência do ponto de conclusão da iniciativa internacional pode ascender a cerca de metade deste montante, perto de 700 milhões de dólares.
Na reunião de segunda-feira, o FMI fez a primeira revisão do desempenho económico guineense ao abrigo do novo programa de apoio e crédito (ECF), iniciado em maio.
Aprovou ainda um novo apoio de financeiro de 3,71 milhões de dólares, elevado para 15,83 milhões de dólares o apoio total a Bissau.
O ECF tem um apoio total previsto de 33,3 milhões de dólares (cerca de 26 milhões de euros) ao programa económico do governo da Guiné-Bissau para os próximos três anos.
No âmbito do programa, o governo prevê reformas na administração pública, no setor da defesa e segurança e na criação de melhorias de investimento para o setor privado.
A aprovação do ECF estava prevista para o início de abril, mas foi adiada devido à instabilidade política em Bissau.
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