quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Angola renova o apoio à paz na Guiné-Bissau

O Vice-Presidente da República reiterou, ontem, em Tripoli, o apoio de Angola à pacificação e estabilização da Guiné -Bissau e saudou a contribuição positiva da União Africana para a estabilização dos conflitos em África. 
Ao falar, ontem, no debate sobre a paz e segurança, na III Cimeira África-UE, que terminou, no mesmo dia, em Tripoli, Fernando da Piedade disse que a arquitectura de paz e segurança montada pela União Africana “tem demonstrado ser um mecanismo eficaz face aos resultados positivos e aos progressos já alcançados pelas suas estruturas” continentais e regionais.
Angola defende que as iniciativas de paz realizadas pela União Africana, através das estruturas continentais e regionais, como é o caso da CPLP na Guiné-Bissau, carecem do reforço da acção concertada dos parceiros do continente, particularmente da União Europeia e das Nações Unidas, visando consolidar os resultados e alcançar uma arquitectura de paz e segurança funcional.
Fernando da Piedade salientou, igualmente, o papel do enviado especial do Presidente da Comissão da União Africana para a Guiné -Bissau, o angolano Sebastiao Izata, em prol da estabilização política daquele país.
O Vice-Presidente da República afirmou que Angola, de forma bilateral, tem contribuído na implementação do Programa de Reforma do Sector de Segurança e de investimentos na área produtiva da Guiné -Bissau, com reflexos positivos na sociedade daquele país.
“Apraz-me referir que Angola, na qualidade de Presidente da CPLP, tem trabalhado estreitamente com a CEDEAO e os seus parceiros internacionais na estabilização política e social da Guiné -Bissau”, referiu.Angola reafirmou o compromisso de continuar a prestar apoio técnico e financeiro para a realização de exercícios de manutenção da paz, como o Kwanza 2010 para a região Central, no quadro da CEEAC, e Golfinho 2010 para a África Austral, no âmbito da SADC.“Neste contexto, temos desenvolvido consultas com a União Africana para avaliarmos a nossa contribuição, visando a estabilização da situação político-militar na Somália, por via da formação de efectivos da Polícia somali”, disse.
Fernando da Piedade saudou, em nome de Angola, os esforços empreendidos pela União Africana, em coordenação com os parceiros internacionais, incluindo a União Europeia, para a estabilidade no Sudão, particularmente no Darfur.A situação prevalecente em Madagáscar mereceu, igualmente, preocupação do Vice-Presidente da República, que lançou um desafio à região austral de África para não se pouparem esforços para a reposição da ordem constitucional naquele país do Índico.O Vice-Presidente também se manifestou preocupado com os últimos desenvolvimentos na Cote d Ivoire, defendendo um acompanhamento da situação para os resultados da segunda volta serem aceites por todas as partes envolvidas na normalizarão da vida do pais.A concluir, Fernando da Piedade defendeu a necessidade da criação de mecanismos em parceria África-UE para a prevenção e erradicação dos conflitos no continente.

Barroso  destaca papel de Angola em África
 

O Presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, destacou ontem, em Tripoli, o contributo de Angola na estabilidade e pacificação de África, sobretudo na Guiné-Bissau, onde o papel  do pais na presidência da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) tem sido fundamental.
Durao Barroso, que falava à imprensa angolana à saída de uma conferência de imprensa com o Presidente da Comissão da União Africana, Jean Ping, disse que focalizou este aspecto durante o seu encontro, segunda-feira, com o Vice-Presidente de Angola, Fernando da Piedade Dias dos Santos, por intermédio de quem aproveitou para saudar “todo o povo angolano”.Em resposta a uma pergunta do Jornal de Angola sobre investimentos em África, durante a conferência de imprensa, o Presidente da Comissão Europeia disse que os africanos eram voluntariosos e com uma grande disposição para o trabalho, mas admitiu que nem sempre as instituições do continente estão preparadas para receber os investimentos, ou por impreparação técnica das pessoas ou ainda das instituições.

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