Lusa14 Nov: O embaixador da Gâmbia na Guiné-Bissau, Abdu Djedju, negou hoje que o seu país possa servir de base ou de apoio a quem queira desestabilizar a Guiné-Bissau, como tem sido sugerido pelas autoridades civis e militares guineenses.
O embaixador da Gâmbia falava aos jornalistas após uma audiência com o Presidente Ilegítimo de transição guineense, Serifo Nhamadjo, a quem, disse, apresentou cumprimentos pela última festa muçulmana, o Tabasky, no mês passado.
Adbu Djedju começou por dizer aos jornalistas que a sua audiência com Serifo Nhamadjo não se destinava a falar dos assuntos políticos entre os dois país mas, após insistência, acabou por comentar as acusações dos militares e elementos do Governo de transição de que a Gâmbia estava a dar abrigo aos desestabilizadores da Guiné-Bissau.
"Sempre disse que o Governo da Gâmbia está sempre ao lado da Guiné-Bissau em diferentes situações difíceis, pelo que em nenhuma situação a Gâmbia poderá ser parceira de alguém que queira desestabilizar a Guiné-Bissau", defendeu Abdu Djedju.
As chefias militares e elementos do Governo de transição guineense, nomeadamente o porta-voz do executivo e o ministro dos Negócios Estrangeiros, acusaram a Gâmbia de servir de base de elementos ligados ao regime deposto, designadamente o ex-chefe das Forças Armadas, Zamora Induta, para ações desestabilizadoras na Guiné-Bissau.
Sem responder diretamente a estas acusações, o embaixador gambiano em Bissau lembrou que o Presidente Yaya Jammeh sempre considerou os dois países como um todo.
"O Presidente Yaya Jammeh sempre diz que a Guiné-Bissau e a Gâmbia têm o mesmo povo, que apenas vivem em dois espaços geográficos. A Gâmbia sempre considera a Guiné-Bissau como um país irmão", afirmou o embaixador Abdu Djedju.
No passado dia 21 de outubro um comando militar alegadamente liderado pelo capitão Pansau N`Tchamá, atacou, segundo o executivo, o quartel dos pára-comandos (uma força de elite do exército guineense), tendo morrido seis pessoas.
As autoridades civis e militares guineenses dizem que Pansau N`Tchamá partiu da Gâmbia para a Guiné-Bissau.
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