Bissau - O Palácio da República da Guiné-Bissau, danificado durante a guerra civil de 1998/99, vai ser reabilitado dentro de 13 meses e a fachada, ainda na época colonial, será mantida, disse o ministro das Obras Públicas.
José António Almeida explicou que as obras devem começar no próximo mês de Novembro. O contrato entre a empresa chinesa que irá reabilitar o imóvel e o Governo guineense foi assinado desde o mês de Setembro último.
As obras de reabilitação do palácio serão executadas por uma empresa privada chinesa mas o financiamento, no valor de 7,5 milhões de dólares (5,4 milhões de euros), será garantido pelo Governo chinês, frisou o ministro das Obras Públicas guineense.
José António Almeida sublinhou que o palácio será reabilitado mas é determinação do Governo manter intacta a estrutura do edifício tal como foi construída ainda na época colonial.
"A estrutura do edifício será mantida, mas as partes sem consistência serão demolidas para serem erguidas novamente. A fachada principal tem que ser mantida tal como foi construída na época colonial", destacou o governante.
No quintal do velho palácio será erguido um novo edifício que servirá de apoio às estruturas da Presidência da República, disse o ministro das Obras Públicas.
O mais emblemático edifício público da Guiné-Bissau ficou danificado depois de ter sido bombardeado durante a guerra civil que opôs as forças da então Junta Militar e o governo do então Presidente 'Nino' Vieira.
Os revoltosos acreditavam que 'Nino' Vieira estaria entrincheirado no palácio situado no 'coração' de Bissau. Desde o dia 07 de Maio de 1999 o edifício deixou de ser ocupado pelos presidentes guineenses.
Hoje, o edifício apresenta vestígios do seu passado imponente, mas apenas serve de abrigo a mendigos, criminosos ou animais ou então de local de curiosidade de pessoas que ali se deslocam sobretudo para tirar fotografias de recordação ou de ilustração dos sinais da guerra civil de há 12 anos.
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