Bissau - O Conselho Nacional de Comunicação Social (CNCS) da Guiné-Bissau diz estar preocupado com o nível de "violência verbal" a que se assiste nos órgãos de comunicação social guineenses, sobretudo, nas rádios.
A preocupação foi manifestada hoje (segunda-feira) à Agencia Lusa pelo vice-presidente do CNCS (autoridade reguladora), Ricardo Semedo, no âmbito das comemorações do 20.º aniversário da criação da entidade adstrita ao Parlamento guineense.
"Enquanto entidade criada por lei para regular o normal funcionamento da comunicação social no país, estamos bastante preocupados com o nível da violência verbal a que se assiste nos últimos tempos nos órgãos de comunicação social", disse Ricardo Semedo.
"Não há qualquer impedimento do princípio da liberdade de imprensa no país. Hoje em dia o uso e o acesso aos órgãos de comunicação social, tanto público como privado, é ilimitado, toda gente pode falar, mas a violência que se vê é preocupante", notou o vice-presidente do Conselho Nacional de Comunicação Social.
De acordo com Ricardo Semedo, os órgãos de comunicação social deviam "analisar bem o que se passa" no país e levar em conta que a ética e a deontologia lhes impõem o cumprimento de regras rígidas sobre o exercício da profissão.
Sublunou não tratar-se trata de qualquer pretensão de sugerir a censura ou a auto-censura aos órgãos, mas também os profissionais devem ter em conta que o seu papel não é veicular mensagens que possam incitar à desordem pública ou mesmo ao caos na sociedade", defendeu Ricardo Semedo.
Fazendo um balanço dos 20 anos da criação do Conselho, Ricardo Semedo referiu que foram obtidos "ganhos importantes" a começar pela pluralidade de informação e exercício livre de expressão, tanto no debate político, como no dia a dia dos cidadãos.
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