Bissau - A Sandra, a Débora e a Filomena são meninas guineenses e todas fugiram de casa dos pais para evitarem se casar com homens mais velhos e escolhidos pela família, como manda a tradição em várias zonas da Guiné-Bissau.
Sandra, que não sabe quantos anos tem, chegou sábado a casa do pastor Caetano, da igreja evangélica, em Antula, nos subúrbios de Bissau.
Débora, de 16 anos, vive em casa do pastor há vários meses, já aprendeu um pouco de crioulo e português e já anda na escola.
"Estou aqui por causa do casamento forçado. Os meus pais querem que eu case este ano, mas uma das minhas colegas disse-me que eu ia ser casada e fugi para Bissau, porque não queria casar, eu quero continuar a estudar", disse à agência Lusa Sandra.
"Conheço o homem que queria casar comigo. Era o marido da minha mestre", explicou, sublinhando que o homem era mais velho e não gostava dele.
Débora afirmou que fugiu por causa do casamento. Não queria casar com um homem velho que não conhece e queria estudar.
"Impediram-me de estudar desde a minha infância, porque não havia dinheiro. Eu prefiro, agora que já sou grande, fugir e procurar ir à escola", acrescentou.
Na sua casa em Antula, o pastor Caetano acolhe nove meninas que fugiram de casa dos pais para não casarem com homens velhos. Foi também em casa daquele pastor que esteve a Filomena, de 19 anos.
Filomena chegou a Bissau com apenas 13 anos. Também fugiu a um casamento forçado.
Hoje, está a acabar o quinto ano e vende gelo, sumos frescos e alguns fritos no mercado do Caracol.
"Fugi porque não queria um casamento forçado. Era um homem de muita idade e velho. Eu queria estudar", afirmou Filomena.
"Quando sai de Tabanca não sabia escrever. Hoje sei escrever o meu nome e também já sei outras coisas. Trabalho e vendo muitas coisas e estou muito contente", explicou à Lusa.
Com o humor típico guineense, Filomena disse que até já arranjou um namorado.
No seu último relatório sobre a situação mundial da infância, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) diz que a taxa de casamentos de crianças é de 39 por cento na África subsahariana.
Na Guiné-Bissau, a igreja evangelista tem tentado acabar com aquela prática e recolhe as meninas que fogem ao casamento forçado.
Actualmente, aquela igreja tem mais de 30 daquelas crianças ao seu cuidado.
Sandra, que não sabe quantos anos tem, chegou sábado a casa do pastor Caetano, da igreja evangélica, em Antula, nos subúrbios de Bissau.
Débora, de 16 anos, vive em casa do pastor há vários meses, já aprendeu um pouco de crioulo e português e já anda na escola.
"Estou aqui por causa do casamento forçado. Os meus pais querem que eu case este ano, mas uma das minhas colegas disse-me que eu ia ser casada e fugi para Bissau, porque não queria casar, eu quero continuar a estudar", disse à agência Lusa Sandra.
"Conheço o homem que queria casar comigo. Era o marido da minha mestre", explicou, sublinhando que o homem era mais velho e não gostava dele.
Débora afirmou que fugiu por causa do casamento. Não queria casar com um homem velho que não conhece e queria estudar.
"Impediram-me de estudar desde a minha infância, porque não havia dinheiro. Eu prefiro, agora que já sou grande, fugir e procurar ir à escola", acrescentou.
Na sua casa em Antula, o pastor Caetano acolhe nove meninas que fugiram de casa dos pais para não casarem com homens velhos. Foi também em casa daquele pastor que esteve a Filomena, de 19 anos.
Filomena chegou a Bissau com apenas 13 anos. Também fugiu a um casamento forçado.
Hoje, está a acabar o quinto ano e vende gelo, sumos frescos e alguns fritos no mercado do Caracol.
"Fugi porque não queria um casamento forçado. Era um homem de muita idade e velho. Eu queria estudar", afirmou Filomena.
"Quando sai de Tabanca não sabia escrever. Hoje sei escrever o meu nome e também já sei outras coisas. Trabalho e vendo muitas coisas e estou muito contente", explicou à Lusa.
Com o humor típico guineense, Filomena disse que até já arranjou um namorado.
No seu último relatório sobre a situação mundial da infância, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) diz que a taxa de casamentos de crianças é de 39 por cento na África subsahariana.
Na Guiné-Bissau, a igreja evangelista tem tentado acabar com aquela prática e recolhe as meninas que fogem ao casamento forçado.
Actualmente, aquela igreja tem mais de 30 daquelas crianças ao seu cuidado.
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