segunda-feira, 21 de junho de 2010

Internacional Socialista devia ter condenado tentativa de golpe de Estado de 01 de abril


Nova Iorque, 21 jun (Lusa) - A Internacional Socialista (IS) devia ter condenado a tentativa de golpe de Estado de 01 de abril na Guiné-Bissau, cujo Governo é liderado por um partido membro daquela organização, defendeu hoje em Nova Iorque o Secretário Internacional do PS.

Aquele dirigente socialista, que intervinha perante o Conselho da IS, reunido durante dois dias em Nova Iorque, disse, designadamente, que "a tentativa de golpe partiu de alguns militares influentes com ligações reconhecidas ao narcotráfico".

"É por isso que peço à Internacional Socialista que esteja atenta ao desenrolar dos acontecimentos e para intervir caso seja necessário", acrescentou.

O Governo guineense é liderado pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

Na sua intervenção, José Lello requereu a aprovação de uma "declaração de apoio" à Guiné-Bissau, "apelando ao regresso pleno à normalidade democrática" e para que o primeiro ministro Carlos Gomes Júnior e o Presidente Malam Bacai Sanhá "possam exercer sem quaisquer constrangimentos os seus poderes constitucionais, bem como à libertação das personalidades do Estado que foram presas".

"Devemos também apoiar a continuação do combate determinado ao narcotráfico, a reforma urgente do setor da defesa e da segurança e a continuação do apoio e do enquadramento da comunidade internacional à Guiné-Bissau. Fazendo este apelo, estaremos a cumprir a nossa missão", concluiu.

A Guiné-Bissau voltou a viver momentos de instabilidade no passado dia 01 de abril, devido a uma intervenção militar que culminou com a deposição e detenção do almirante Zamora Induta, chefe das Forças Armadas.

O primeiro ministro guineense também foi detido, mas acabou por ser libertado horas mais tarde.

EL.

*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***

Lusa/Fim

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