Bissau – O Coordenador do Grupo Parlamentar Britânico para a Guiné-Bissau defendeu que uma rede nacional de representantes das comunidades religiosas poderia identificar e travar o tráfico de crianças nas comunidades locais do país.
«As comunidades islâmicas e cristãs na Guiné-Bissau são a ´base´ da sociedade guineense e têm estruturas organizadas extensas. Acredito que as comunidades religiosas podem formar uma rede coordenada de vigilância e partilha de informação, que irá cessar o tráfico humano na Guiné-Bissau», referiu Peter Thompson, mediador numa comissão especializada de reconciliação nacional na Assembleia Nacional Popular (ANP).
O Coordenador do Grupo Parlamentar Britânico para a Guiné-Bissau fez as declarações no início desta semana, no Sudão do Sul, onde se encontra integrado numa delegação britânica que está de visita ao país, para partilhar as lições do processo de paz na Irlanda do Norte.
Numa entrevista recente a um jornal irlandês, Thompson destacou o problema do tráfico humano na Guiné-Bissau, apelando à vigilância por parte dos guineenses.
«Se os líderes religiosos fizerem esforços combinados esta rede pode ser uma arma formidável contra a escravatura humana. Há precedentes de sucesso neste modelo noutros locais», disse Peter Thompson.
O responsável é natural da Irlanda do Norte, uma região do Reino Unido que durante décadas viveu um conflito religioso e que recentemente aprovou um dos pacotes legislativos mais duros sobre tráfico humano na Europa.
Peter Thompson destacou que os especialistas que redigiram as referidas leis poderão aconselhar na criação desta rede de comunidades religiosas na Guiné-Bissau.
A questão do tráfico humano foi abordada na sua mais recente obra «Responsabilidade e Reconciliação», publicada pela Universidade de Defesa Nacional dos EUA.
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