quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Portugueses na Guiné preocupados com suspensão de voos da TAP

O presidente da Associação dos Portugueses na Guiné-Bissau, Bacar Camará, disse hoje à Lusa que a comunidade está "muito preocupada" com a decisão da TAP de suspender voos para Bissau e pediu "bom-senso" às autoridades de Lisboa.PAÍS

Bacar Camará, cidadão português originário da Guiné-Bissau, disse que a sua associação não pretende imiscuir-se nos problemas políticos decorrentes dos incidentes com a TAP mas pede ao Governo de Lisboa que tenha em consideração "o sofrimento de mais de quatro mil portugueses" que vivem e trabalham no território guineense.

Até o golpe de Estado militar de 12 de abril de 2012, que ditou o derrube das autoridades eleitas, a comunidade portuguesa contava seis mil membros, referiu Bacar Camará, enfatizando que "muitos voltaram para Portugal" com a ação militar.

Para os que ficaram na Guiné-Bissau, observou Camará, a TAP "era e é o meio de ligação a Portugal" por ser o meio de transporte considerado "mais seguro para viajar", disse.

"Sentimo-nos mais seguros em viajar na TAP tanto para vir para a Guiné como para ir para Lisboa", frisou Bacar Camará, que apelou para que as autoridades portuguesas ponderem a decisão de suspender os voos da TAP para a Guiné-Bissau.

Bacar Camará disse que se a decisão for para frente "muita gente será afetada" a começar pela Escola Portuguesa de Bissau cujos materiais didáticos são enviados de Portugal sem contar com os medicamentos vendidos nas farmácias.

"Todos nós, elementos da comunidade portuguesa aqui residente, só confiamos nos medicamentos fabricados em Portugal. Noutro dia fui a uma farmácia e tive que recusar uns medicamentos fabricados na Nigéria ou na Índia", contou o presidente da Associação de Portugueses na Guiné-Bissau.


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