Procurador-Geral da República da Guiné-Bissau, Abdu Mané, classificou hoje como um "acontecimento vergonhoso" para o país o incidente com as autoridades portuguesas sobre a viagem num voo da TAP de 74 passageiros com passaportes falsos.
Segundo fonte do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) português, a tripulação do avião foi coagida pelas autoridades guineenses a transportar aqueles passageiros, mesmo depois de detetados os documentos falsificados, na madrugada de terça-feira.
Falando para os deputados na Assembleia Nacional Popular, para lhes explicar o estado da justiça no país, Abdu Mané afirmou não estar na posse de todas as informações sobre o caso, mas, do pouco que sabe, considera que envergonha os guineenses.
"É preciso investigar para que saibamos todas as responsabilidades daqueles que nos estão a envergonhar a todos. Este caso é mais um acontecimento vergonhoso para a República", defendeu Mané.
O Procurador foi chamado à Assembleia Nacional Popular para falar do estado da justiça no país, mas grande parte da interpelação acabou por ser sobre o caso dos 74 passageiros, que ter-se-ão apresentado como sírios em hotéis da capital.
Alguns parlamentares instaram mesmo o procurador a abrir um processo de averiguações, um pedido que Abdu Mané não comentou.
Abdu Mané lamentou o facto de muitos passageiros ficarem afetados por causa do cancelamento dos voos da TAP para a Guiné-Bissau.
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