O antigo Presidente da Guiné-Bissau e fundador do Partido da Renovação Social (PRS), Kumba Ialá, assumiu-se hoje como candidato à presidência do país nas próximas eleições gerais de 16 de Março de 2014.
"Naturalmente, eu sou candidato, só que não tenho adversário", referiu, em resposta aos jornalistas, depois de ter recebido o cartão de eleitor numa das mesas de recenseamento instaladas na capital, esta manhã.
Kumba Ialá acredita que vai vencer com facilidade, classificando a candidatura como "um passeio".
O antigo presidente conta ter o apoio do PRS, principal força da oposição, a qual também já liderou: "O nosso partido foi criado no espírito de unidade e continuará", referiu.
"O PRS, neste momento, é o único partido válido presente neste processo eleitoral. Já tem todos os delegados fiscais prontos, enquanto outros partidos estão a guerrear-se", acrescentou, numa alusão ao Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).
O PAIGC já adiou por várias vezes o congresso em que se deverá preparar para as eleições gerais.
Kumba Ialá devia ter disputado a segunda volta das eleições presidenciais de 2012 com Carlos Gomes Júnior (conhecido como Cadogo), mas contestou os resultados e recusou-se a ir a votos.
Entretanto, a segunda volta não chegou a acontecer por causa do golpe de estado militar que levou à deposição de Cadogo, líder do PAIGC e primeiro-ministro (atualmente a viver em Portugal) e conduziu ao atual período de transição política.
O antigo líder do PRS assumiu-se hoje como candidato, depois de já ter minimizado as capacidades de outros dois candidatos à presidência, Paulo Gomes, economista e ex-quadro superior do Banco Mundial, e Tcherno Djaló, antigo ministro da Educação da Guiné-Bissau.
"Para mim, esses são crianças e vou quebrá-los como pauzinhos (?). Se formos ao debate político, garanto-lhe que vou quebrá-los como uma garrafa", referiu numa entrevista ao semanário "O Democrata", publicada na quinta-feira.
Perfilam-se ainda como candidatos à presidência o ex-primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior e o ex-diretor-geral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Hélder Vaz.
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