CAPE-TOWN, South-Africa, December 18, 2013/ -- Não é segredo que África está em ascensão e a oferecer oportunidades cada vez mais lucrativas às empresas locais devido ao estável crescimento económico do continente, mais rendimento disponível e maior confiança por parte dos consumidores.
Charles Brewer, Diretor geral da DHL Express África Subsaariana (http://www.dhl.com), afirma que um setor particular que tem assistido a um crescimento significativo em África são as empresas agrícolas, que englobam toda a cadeia de valor da produção agrícola ao processamento secundário, distribuição e venda a retalho ao consumidor/utilizador final (conceito "da quinta para a mesa").
“O setor de vendas a retalho está a florescer em África, tal como o rápido crescimento das populações e da classe média africana. Como resultado desta expansão, há mais disponibilidade e procura por produtos agrícolas de boa qualidade e alimentos processados que nunca.”
Destaca o recente relatório do Banco Mundial - Growing Africa: Unlocking the Potential of Agribusiness – que revelou que os agricultores e empresas agrícolas africanos conseguirão criar um mercado alimentar de um trilião de dólares até 2030 – um aumento a triplicar da atual dimensão de mercado com um valor estimado de 313 mil milhões de dólares norte-americanos.
“Este crescimento previsto destaca o mercado em crescimento e as muitas oportunidades para o setor agrícola sul-africano e participantes da cadeia de valor relacionada para se expandirem para África”, afirma Brewer.
Segundo Hennie van der Merwe, CEO da Agribusiness Development Corporation (ADC), sediada na África do Sul, África oferece um novo mercado às firmas agrícolas.
“Dado o seu maior poder de consumo, procura de bens e recursos naturais por explorar, África está a passar por um renascimento em termos do seu enfoque no setor agrícola, não apenas para aumentar a autossuficiência alimentar, mas também para criar emprego e atividade económica, especialmente nas áreas rurais”, afirma van der Merwe.
“No clima atual, África oferece previsões de crescimento cada vez maiores”, afirma. No entanto, explica ainda, embora África seja bem dotada de recursos, falta-lhe muitas vezes o conhecimento necessário para desbloquear o potencial comercial dos seus recursos agrícolas, ao passo que a África do Sul é respeitada pelos seus conhecimentos nas atividades comerciais agrícolas.
“Uma das principais limitações ao desenvolvimento das empresas agrícolas em África prende-se com a falta de capacidade e competências humanas. A capacidade e a experiência para desenvolver e gerir empresas agrícolas comerciais ainda estão ausentes do ambiente africano e, nesta medida, seria necessária uma grande transferência de tecnologia e construção de capacidades.”
Van der Merwe afirma que é aqui que residem as oportunidades para as empresas e agricultores locais para se expandirem para além das suas fronteiras e oferecem os seus conhecimentos aos países vizinhos.
Van der Merwe acrescenta que é essencial criar parcerias antes de se arriscar em projetos em África. “As parcerias com uma empresa ou associação local no país específico são necessárias no sentido em que os empresários têm de receber assistência, orientação e, por vezes, proteção quando estão na área. Também é essencial/indispensável garantir que todos os blocos de construção das cadeias de valor estão no sítio certo de modo a garantirem e apoiarem uma operação de sucesso. Uma parceria local irá ajudar na análise minuciosa do mercado no sentido de avaliar as verdadeiras necessidades, requisitos e oportunidades.”
“O mercado em África existe e está preparado; a questão é como poderão as empresas locais criar uma ligação direta para satisfazer as necessidades do mercado”, conclui Brewer.
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