Bissau - Os partidos da oposição na Guiné-Bissau criticam "o comportamento" do representante do secretário-geral das Nações Unidas no país, Joseh Mutaboba, que acusam de "avalizar as manobras" do Primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior "para esconder a verdade".
Em comunicado enviado à Agencia Lusa, os partidos, reunidos na chamada plataforma da oposição democrática da Guiné-Bissau, afirmam discordar da iniciativa em curso no país tendente a organização de "uma dita" conferência para o diálogo e reconciliação nacional.
Para a oposição, que junta partidos como o PRS (líder da oposição), PRID (segunda força da oposição) e pequenos partidos sem assento parlamentar, a conferência "não passa de uma manobra do PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde) para encobrir as matanças ocorridas no país desde 1974 a este parte".
A oposição responsabiliza o primeiro-ministro e líder do PAIGC, Carlos Gomes Júnior, de ter contas a ajustar com a justiça designadamente nos assassínios de dirigentes políticos ocorridos em 2009, nomeadamente o ex - Presidente 'Nino' Vieira e o ex -chefe das Forças Armadas, Tagmé Na Waié.
A conferência de reconciliação, diz a oposição, teria como finalidade amnistiar os responsáveis pelos assassínios s e crimes ocorridos no país desde a independência. Para os partidos da oposição "o plano" contaria com a "cumplicidade de certos elementos da comunidade internacional", entre os quais o representante do secretário-geral das Nações Unidas em Bissau.
"Neste sentido vem a oposição democrática alertar a toda a sociedade guineense que a estratégia ora montada pelo PAIGC conta com a admissível avalização do sr. Joseph Mutaboba o qual em vez de promover a paz e estabilidade como missões principais que tem na Guiné-Bissau, promove estrategicamente a sua grande ambição a de ser o futuro candidato a Presidente do Ruanda", lê-se no comunicado da oposição.
O grupo promete realizar uma marcha pacífica no mês de Janeiro para tornar pública a sua indignação.
Na opinião da oposição guineense, o que Mutaboba tem feito na Guiné-Bissau "é promover uma paz pobre para ganhar notoriedade" e ainda "proteger o Primeiro- ministro, Carlos Gomes Júnior".
Para oposição "é nesta estratégia" que Joseph Mutaboba e Carlos Gomes Júnior pretendem promover a visita do secretário-geral das Nações Unidas, Ban Kin-moon, à Guiné-Bissau, nos primeiros meses do próximo ano.
A Lusa tentou, sem sucesso, obter reacções junto do gabinete do representante do secretário-geral da ONU, em Bissau.
É claro que na democracia os partidos ditos oposição são sempre do contra, mesmo vendo a verdade, falta muitas justiças para fazer na Guiné-Bissau! desde 1980 até agora, para tal enterramos os mortos e cuidamos dos vivos. Quem quer voltar ao poder tem que conquista-lo nas urnas e não com as calunias. Os que morreram já foram matadores.
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