sábado, 3 de dezembro de 2011

Antonio Indjai ameaça com a chegada das Forças Armadas da CEDEAO

Bissau – O Chefe do Estado-maior General das Forças Armadas anunciou «barafundas» para a Guiné-Bissau assim que a Comunidade Económica para Desenvolvimento da África Ocidental (CEDEAO) enviar a sua missão militar com o propósito de garantir segurança às figuras públicas nacionais.

«Que fique claro que, no dia em que as forças da CEDEAO chegarem à Guiné-Bissau vamos fazer barulho, porque estamos habituados ao barulho», disse Antonio Indjai.


O responsável máximo das Forças Armadas falou a 1 de Dezembro, em Bissau, na cerimónia de abertura de um encontro intitulado «análise da situação geral da defesa nacional», onde adiantou que a Guiné-Bissau esteve calma durante mais de um ano mas que existem pessoas interessadas em «complicar» o normal funcionamento das instituições.


«Levantaram várias questões sobre mim e sobre o CEMA Bubo Na Tchutu. Não conseguiram encontrar nada e agora falam no assunto da CEDEAO. Que venham. Eles não sabem que nós acompanhamos sempre as questões com barulho», declarou.


Para o encontro estão agendados, entre outros assuntos, a aprovação da lei da programação militar, a criação de condições de trabalho que garantam o cumprimento das missões das Forças Armadas, a provisão de meios materiais e financeiros dos Serviços de Inteligência e Contra Inteligência militar, subsídios de representação para oficiais generais, junta medica, promoção e graduações.


A manutenção das viaturas de tropas, os funerais de honra aos militares, o funcionamento do serviço de engenheira militar, a produção agrícola militar, a situação do Hospital Militar Chino-Guiné-Bissau, as condições de reformas, a situação na fronteira e o adido militar da Guiné-Bissau no estrangeiro serão questões abordadas.


Ainda a representação do país junto das organizações militares regionais e sub-regionais, assim como a vinda das forças armadas da CEDEAO à Guiné-Bissau, são também assuntos agendados para este encontro.


Acerca do discurso de Antonio Indjai, ele anunciou igualmente que, até Fevereiro de 2012, vai encerrar o Hospital militar: «Vou mandar fechar aquele hospital e depois esperar quem me diga alguma coisa», referiu. O oficial acusou o Ministro da Saúde, Camilo Simões Pereira, de ter bloqueado os salários do pessoal médico que foi colocado naquela unidade.


No que diz respeito ao processo de reforma, Antonio Indjai disse que ainda não há solução para a reforma devido à falta de dinheiro. Contudo, acrescentou que há pessoas interessadas em ir para a aposentação.


Na cerimónia de abertura deste encontro estiveram presentes os Presidente do Tribunal Militar Superior, o Inspector-geral das Forças Armadas, o Chefe do Estado-maior da Armada, do Exército e o representante do Presidente da República, Iancuba Indjai.


Os representantes do Governo, do Parlamento, e o Chefe de Estado-maior da Força Aérea estiveram ausentes da cerimónia.


O referido encontro tem como objectivo a discussão e elaboração de uma proposta de lei para a programação militar guineense.


Sumba Nansil

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