Passageiros da TAP estão indignados
Lamine Vieira, um dos cerca de 30 passageiros que se encontravam em frente às instalações da TAP em Bissau, disse à Lusa que já não sabe o que fazer, pois chegou a Bissau no dia 7 de Dezembro e até hoje não viu a sua bagagem.
"Vim da Suíça para Lisboa e de lá para Bissau, a senhora (assistente de bordo) garantiu-me que toda a minha bagagem seguia comigo no mesmo avião, mas até hoje não recebi a minha bagagem. Todos os dias, desde que cheguei a Bissau, tenho ido ao aeroporto na esperança de ver as minhas malas", desabafou Vieira.
Este passageiro da TAP, emigrante guineense na Suíça, diz que a sua paciência já está quase a chegar ao fim.
Mamadu Baldé, outro passageiro que chegou no voo da última madrugada e também sem a bagagem propõe uma solução radical: "Desliguemos os computadores aqui no escritório deles" para desta forma obrigar a empresa a parar "e arranjar uma solução".
A TAP reconhece que existem problemas com o transporte de bagagens, explicando que se deve à elevada procura de voos e de uma parte dos passageiros viajar com um volume de bagagem superior ao autorizado, o que a obriga a ficar em terra à espera de espaço para poder ser transportada. "Se fechássemos os olhos estaríamos a pôr em causa a operação", disse à Lusa fonte oficial da companhia aérea, adiantando que "a TAP está a procura de uma solução, que ainda não foi encontrada".
A porta da TAP em Bissau é um local de autêntica romaria de passageiros. Todos protestam, acusando a transportadora de "falta de respeito".
" Não é normal que uma pessoa viaje para seu próprio país para vir passar as festas com a família e se veja numa situação absurda como esta. Há mais de uma semana que estou a comprar roupas, eu e a minha filha", contou à Lusa Manuela Silva, passageira que viajou com a sua filha.
Mais contundente nas criticas, Mamadu Baldé afirma que a TAP "engana os passageiros" prometendo-lhes o equivalente a 100 dólares para aqueles cujas bagagens não conseguiu transportar.
"Mas, será que 100 dólares chegam para quem deixou toda a roupa nas malas?", questionou Baldé, sublinhando que há pessoas cujos medicamentos de toma diária ficaram nas malas.
"Um senhor já de idade, francês, estava aqui a reclamar que os seus medicamentos não vieram. E se ele morre por falta de medicamentos?", pergunta Mamadu Candé, o mais inconformado do grupo de 30 passageiros que se juntaram em frente as instalações da TAP.
"Estaremos aqui até que haja uma solução", avisam os passageiros.
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