terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Guiné-Bissau apresenta fragilidades que dificultam crescimento

Lusa

A Guiné-Bissau é um país com importantes sectores emergentes de recursos naturais, mas ao mesmo tempo com grandes fragilidades que dificultam o desenvolvimento ou o crescimento económico, defendeu hoje, em Bissau, Shanta Devarajan do Banco Mundial.


O principal economista da região africana do Banco Mundial, Shanta Devarajan, fez estas considerações no âmbito de um seminário organizado pelo Governo guineense e pelo Banco Mundial, onde está a ser analisado o memorando económico da instituição internacional e a estratégia de intervenção na Guiné-Bissau de 2011 a 2013.


Numa primeira abordagem, o Banco Mundial reconhece potencialidades à Guiné-Bissau, mas adianta que existem desequilíbrios estruturais que acabam por atrasar ou condicionar o crescimento económico do país.


Essa situação, considera ainda Devarajan, é motivada sobretudo pela instabilidade política ou dificuldades na implementação das reformas estruturais, o que acaba por constituir-se num "ciclo vicioso".


Na opinião do responsável do Banco Mundial, o país, além de boas perspectivas ao nível dos recursos mineiros, tem potencialidades a explorar nos sectores da agricultura, turismo, pesca, energia, portos e ainda teria ganhos substanciais caso consiga levar a cabo a reforma no sector da defesa e segurança.


Para acelerar o crescimento económico da Guiné-Bissau, o Banco Mundial propõe a melhoria da gestão da autoridade que controla a actividade portuária do país, criação de um órgão regulador do operador portuário, maior participação do sector privado e a resolução do litígio existente entre o Estado guineense e o grupo português Tertir.


Ao nível da agricultura, o Banco Mundial aconselha as autoridades guineenses a adoptarem medidas para a transformação local da castanha do caju, principal produto de exportação do país, e a aumentarem a produção local do arroz, horticultura e frutas tropicais.


Tal como considerou a ministra da Economia guineense, Helena Embaló, o Banco Mundial também defende que toda a estratégia de assistência internacional para a Guiné-Bissau deve ter em conta os eixos preconizados pelo Denarp (Documento Estratégico de Redução da Pobreza).

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