A Polícia de Segurança Pública disse à Lusa que a rotação de parte dos elementos do Grupo de Operações Especiais (GOE) na Guiné-Bissau será feita em Janeiro, confirmando que não ocorreu em Dezembro, como é habitual.
Em declarações à agência Lusa, o director do gabinete de Imprensa e Relações Públicas da PSP não adiantou o motivo dos constrangimentos que inviabilizaram a partida dos elementos para a Guiné-Bissau, salientando que será garantida a segurança das instalações da embaixada de Portugal no país.
A rotação prevista para Dezembro, adiantou Paulo Flor, será assim feita em Janeiro.
A Rádio Renascença avançou, na segunda-feira à noite, que os elementos do GOE que iam substituir os camaradas destacados na Guiné-Bissau, para que estes viessem passar o Natal em Portugal, foram impedidos de entrar no país, por não terem os respectivos vistos.
Entretanto, o ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) numa nota enviada hoje à Lusa negou que existam problemas com os vistos dos elementos do Grupo de Operações Especiais (GOE) da PSP, presentes na Guiné-Bissau, sem esclarecer se regressaram a Portugal para passar o Natal.
O porta-voz do MNE, Miguel Guedes, negou problemas com os vistos dos elementos do GOE que estão em Bissau, sem mais explicações, já que as "informações sobre segurança externa do Estado português são (...) reservadas" e a política de rotação das equipas do GOE que estão ao serviço das embaixadas portuguesas "obedece a estritas considerações legais e de segurança".
Segundo a Rádio Renascença, "em causa está o facto de o Governo português não reconhecer o actual executivo de transição na Guiné".
O porta-voz do Governo de transição da Guiné-Bissau, Fernando Vaz, disse à emissora católica: "se o executivo português não concede visto ao encarregado de negócios guineense, então o Governo de transição também não passa vistos para os elementos do GOE, que fazem a segurança da embaixada portuguesa".
O porta-voz do MNE também não esclareceu se o executivo português concedeu visto ao diplomata, afirmando apenas que este se encontra "em funções" desde a altura que o embaixador da Guiné-Bissau em Lisboa se ausentou de Portugal e "entregou uma nota verbal" designando um Encarregado de Negócios.
A agência Lusa pediu mais esclarecimentos ao porta-voz do MNE, sem sucesso.
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