Uma missão de representantes de várias organizações internacionais chega amanhã à Guiné-Bissau para se inteirar da situação naquele país, anunciou o representante permanente da União Africana.
Ovídeo Pequeno disse que a missão é constituída por representantes da CPLP, Comunidade Económica de Desenvolvimento da África Ocidental (CEDEAO), União Africana, União Europeia e Organização das Nações Unidas. O objectivo da missão, cujo envio foi decidido numa reunião da comunidade Africana, em Addis Abeba, afirmou, é analisar com as autoridades , sociedade civil e povo em geral a situação do país e apresentar recomendações que possam servir de base a um trabalho harmonizado da comunidade internacional. A Guiné-Bissau tem há oito meses “um governo e um presidente de transição” designados na sequência do golpe de Estado militar de 12 de Abril.
A comunidade internacional, com excepção da CEDEAO, não reconhece as novas autoridades provenientes do golpe militar.
Comissão Eleitoral
O novo presidente da Comissão Nacional de Eleições da Guiné-Bissau já tomou posse, apesar da polémica suscitada por alguns partidos que contestam a nomeação.
Rui Nené, que substitui Desejado da Costa, falecido recentemente em Portugal vítima de doença, disse que “a crítica em democracia é normal, desde que seja bem fundamentada”.
Os partidos que contestam a nomeação de Rui Nené entregaram no Supremo Tribunal de Justiça um pedido de impugnação, com o argumento que a eleição, decidida no Parlamento, “não obedeceu aos critérios contemplados nem pacto de transição, nem no acordo político que rege o período de transição.
O Parlamento afirmou que a eleição de Rui Nené “obedeceu a critérios legais” e que “vai prosseguir o excelente trabalho desenvolvido por Desejado Lima da Costa”.
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