por Lusa Hoje
O presidente da Liga dos Direitos Humanos da Guiné-Bissau (LGDH), Luís Vaz Martins, exigiu hoje provas do governo norte-americano que possam documentar que o actual chefe das Forças Armadas guineenses seria o comandante dos militares que assassinaram 'Nino' Vieira.
"Pensamos que haverá colaboração entre os dois Estados para que os americanos forneçam todos os documentos probatórios para que a nossa justiça possa fazer uso desses documentos e avançar com um processo-crime, caso haja indícios substanciais que apontem numa ou noutra dimensão", disse Luís Vaz Martins.
Para o presidente da Liga dos Direitos Humanos, as informações avançadas pelos americanos constituem "mais um elemento que se vem juntar ao complexo xadrez que envolve o mistério dos assassinatos políticos" no país.
O Relatório de Direitos Humanos 2010, divulgado sexta-feira pelo Departamento de Estado norte-americano, atribui a morte do antigo Presidente guineense "Nino" Vieira, em março de 2009, a "soldados sob o comando do coronel António Indjai".
O documento começa por lembrar que durante 2010 "não houve qualquer evolução nos casos dos homicídios de 2009 do antigo Presidente Vieira e do ex-chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, o general Batista Tagmé Na Waie".
"Em março de 2009, Na Waie foi morto numa explosão no quartel-general do exército guineense. Após o assassinato de Na Waie, soldados sob o comando do coronel António Indjai [atual chefe de Estado-maior General das Forcas Armadas] torturaram e esquartejaram Vieira até à morte com catanas no que foi amplamente considerado como uma retaliação pela morte de Na Waie", diz o relatório.
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