sexta-feira, 15 de abril de 2011

Guiné-Bissau vai abrir consulado na Praia

Os guineenses vão ter, dentro de duas semanas, um consulado em Cabo Verde, anunciou o primeiro embaixador da Guiné-Bissau na Cidade da Praia, Mário Leopoldo Cabral.

O embaixador guineense falava quarta-feira aos jornalistas no final da cerimónia da entrega das cartas credencias ao Presidente cabo-verdiano, Pedro Pires.
"Justifica-se ter um consulado guineense em Cabo Verde, que vai abrir dentro de duas semanas, porque, apesar da integração da comunidade guineense no país, há sempre algum problema para resolver", explicou, citado pela agência Inforpress.


Mário Cabral, que já se reuniu com representantes da comunidade guineense na Cidade da Praia, indicou ter conhecimento de que existe uma "boa associação dos filhos da Guiné-Bissau" em Cabo Verde, lembrando, porém, que há actos que não pode fazer, pelo que foi pedido para acelerar a abertura do consulado.
No encontro com os guineenses, que eram cerca de 50, "todos se mostraram satisfeitos com a estada e com o acolhimento em Cabo Verde, sobretudo com as oportunidades que têm no arquipélago.
Quanto à cooperação, Mário Cabral confirmou que o encontro com o chefe de Estado cabo-verdiano serviu para "traçar pistas" sobre como se poderá reforçar a colaboração bilateral.
Por ser o primeiro embaixador da Guiné-Bissau em Cabo Verde, Mário Cabral considerou que, com a entrega das cartas credencias, "pretende-se formalizar e reforçar as excelentes relações de amizade, de cooperação e de ajuda mútua entre os dois povos".
Em Novembro de 2009, o presidente da Associação dos Guineenses Residentes em Cabo Verde (Asgui), Leonel Lona Sambé, disse à Agência Lusa que o número de cidadãos da Guiné-Bissau residentes em Cabo Verde rondava entre os 8.000 e os 10.000, mas cerca 20 por cento deles está por legalizar.
Os dados são "apenas estimativas", uma vez que não há registo exacto da quantidade de guineenses que escolheram Cabo Verde para residir, e continua-se sem saber, mesmo apesar do recenseamento feito no processo de legalização extraordinária aberto em Março de 2010 pelo Governo cabo-verdiano.
Para Sambé, a quantidade de guineenses ilegais em Cabo Verde é "elevada" e prende-se com dificuldades na legalização que os emigrantes enfrentam nos países de acolhimento.

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