sábado, 9 de abril de 2011

Governo e parceiros terminam análise da coordenação da ajuda externa ao país

Lisboa - O governo guineense e os parceiros de desenvolvimento terminam hoje (sexta-feira), em Bissau, a análise à coordenação da ajuda externa ao país,  na denominada primeira consulta nacional sobre os inquéritos da declaração de Paris e Estados frágeis. 

A iniciativa, que junta cerca de 100 pessoas, entre governo, instituições internacionais, embaixadas, sector privado e organizações da sociedade civil, tem como tema central "A apropriação do processo de coordenação da ajuda, na perspectiva de melhorar o diálogo com a comunidade internacional através da política nacional de ajuda" externa. 

Os inquéritos, que são uma iniciativa da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e dos signatários da Declaração de Paris, assinada em 2005, foram realizados entre Janeiro e Fevereiro deste ano, na Guiné-Bissau e os seus resultados serão apresentados no encontro. 

Estes têm como finalidade verificar se foram atingidas as metas fixadas no que toca à melhoria da qualidade e do impacto da ajuda internacional  no desenvolvimento dos Estados mais frágeis. 

O chefe do Governo, Carlos Gomes Júnior, presidiu  quinta-feira ao lançamento da reunião, cuja sessão inicial foi consagrada essencialmente  à discussão dos dez princípios do compromisso internacional nos Estados frágeis em matéria de ajuda 

O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, reconheceu na altura que o país continua a ter uma "grande dependência" da ajuda externa e que ainda não dispõe de uma coordenação eficaz desses apoios. 

"A Guiné-Bissau depende grandemente da ajuda externa para financiar  o Orçamento Geral do Estado assim como as políticas de desenvolvimento  definidas no programa do governo, cujos montantes anuais representam mais de 30 por cento do Produto Interno Bruto", declarou o chefe do governo guineense 

"Apesar da forte dependência da ajuda, o país não dispõe de mecanismos de gestão e coordenação operacionais da ajuda externa, o que tem implicado, nalguns casos, a duplicação de atividades e não-alinhamento das políticas, tornando as ajudas economicamente estéreis", observou ainda Gomes Júnior propondo medidas para solucionar o problema.

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