Bissau - A Associação Nacional de Importadores e Exportadores da Guiné-Bissau anunciou para esta quarta-feira, o encerramento dos seus postos de venda e de comercialização de castanha de caju em território nacional.
Em causa está o despacho do Ministro do Comércio, de 8 de Abril, segundo o qual, doravante todo o pedido de autorização de emissão de certificado de origem para a exportação de castanha de caju deve ser acompanhado de justificativo de pagamento de contribuições no valor de 50 F.cfa por cada quilo da castanha a exportar, correspondente a 110 dólares por cada tonelada exportada.
«A partir de hoje informamos aos nossos parceiros que se encontram no terreno, de que estão encerrados os nossos armazéns, balanços até que haja uma soluçao definitiva deste diferendo», disse o Presidente da Associação Nacional de Importadores e Exportadores da Guiné-Bissau, Amadu Iero Djamanca.
Amadu Iero Djamanca recorreu ainda à legislação de 2005, que disciplina a fileira de comercialização da castanha de caju, sustentando que o despacho do Ministro Botche Candé vai contra a referida lei em vigor no país.
O presidente da Associação Nacional de Importadores e Exportadores reconheceu ainda que esta situação pode prejudicar gravemente a presente campanha de comercialização de castanha de caju para o presente ano económico. Em termo de soluções, Iero Djamanca disse haver necessidade de diálogo, tendo desmentido que não era do conhecimento prévio dos seus associados o despacho do Governo.
O Governo sustenta o seu despacho dizendo que era de comum acordo entre os operadores económicos, e refere ainda que o valor em causa se destina ao fundo de garantia à promoção e industrialização, assim como de pagamento das directivas da CEDEAO como a caução da República da Guiné-Bissau na organização.
O grupo deve manter esta quarta-feira um encontro com o primeiro-ministro para encontrar uma solução para a anunciada paralisação de actividades de comercialização de castanha de caju.
Sumba Nansil
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