sexta-feira, 11 de maio de 2012

Conselho de Segurança quer “tolerância zero” com golpistas

Sanções contra autores e apoiantes do golpe de Abril estão em estudoSanções contra autores e apoiantes do golpe de Abril estão em estudo (Seyllou/AFP)

O Conselho de Segurança das Nações Unidas apelou ao secretário-geral, Ban Ki-moon, para se envolver activamente na aplicação de uma política de “tolerância zero” com os golpistas da Guiné-Bissau.

Num comunicado à imprensa aprovado por unanimidade, os 15 países do Conselho insistem na “restauração imediata da ordem constitucional” — com o regresso do Governo democraticamente eleito — e na retoma do processo de eleição de um novo Presidente, interrompido pelo golpe militar de 12 de Abril.


A intenção de aplicar sanções contra autores e apoiantes do golpe é também reafirmada no comunicado, aprovado na terça-feira, após uma reunião na véspera e posteriores consultas à porta fechada. O Conselho de Segurança defende que os responsáveis por violações de direitos humanos “devem responder” por elas.


O texto inclui um apelo à coordenação de esforços entre a CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental), que tem liderado os contactos com os militares, partidos e organizações guineenses, e as Nações Unidas, a União Africana e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.


Na reunião de segunda-feira, em que foram ouvidos responsáveis de diferentes organizações, a CEDEAO — que defende uma transição de um ano até eleições — foi acusada de “legitimar” os golpistas. “Incentiva os golpes de Estado em África e em particular na Guiné-Bissau, em vez de os combater”, disse o ministro guineense dos Negócios Estrangeiros, Djaló Pires.


Já depois do comunidado, a embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Susan Rice, declarou que o seu país vai, em colaboração com outros estados, “aumentar a pressão” sobre os militares da Guiné e que é “inaceitável” derrubar governos pela força

1 comentário:

  1. Resolução austera de CEDEAO leva Serifo Nhamadjo à presidência da Republica, altura em que o país aguarda a resolução de Conselho da Segurança das Nações Unidas. É, mas um golpe consumado na Guiné-Bissau, uma vez mais, já esta incendiada a chama da discórdia.

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