O primeiro-ministro (ilegitimo) de transição da Guiné-Bissau, Rui de Barros, apelou hoje aos guineenses para que se reconciliem e trabalhem no sentido de levar o país para frente que, disse, "é de todos".
"A minha mensagem é de reconciliação e trabalho, porque o país é de todos nós", afirmou Rui de Barros, momentos após a cerimónia de posse conferida aos novos ministros pelo Presidente de transição, Serifo Nhamadjo.
"Apelo aos funcionários públicos para que, a partir de segunda-feira, todos se dirijam para os seus locais de trabalho", disse Rui de Barros, em alusão ao facto de os funcionários públicos estarem em greve geral convocada pelos sindicatos um dia a seguir ao golpe de Estado (12 de abril).
O primeiro-ministro de transição garantiu que o mais tardar até quinta-feira haverá a transferência de poderes entre os ministros do Governo cessante com os recém-nomeados para que na segunda-feira se possa iniciar o trabalho na administração pública.
Rui de Barros afirmou estar confiante na sua equipa "por ter pessoas de diversas proveniências e com experiencias diferentes", e disse acreditar que vai liderar um Governo "de gente integra".
"Este Governo não pode ter incompetentes, não pode ter governantes negociantes. Dentro de uma semana todos os membros vão ter que declarar os seus bens na Procuradoria-Geral da Republica e na saída também vamos ter que declarar os nossos bens", frisou Rui de Barros.
Em relação ao futuro, destacou que o seu Governo vai respeitar todos os acordos que o país assinou, mas deixa em aberto a possibilidade de rever os que devem ser revistos.
A prioridade do seu executivo, disse, é atender as demandas sociais, mas sublinhou que a preocupação não pode ser apenas os cerca de 30 mil funcionários públicos, mas sim toda a população guineense, que, notou, são cerca de 1,7 milhões de pessoas.
O Presidente de transição, Serifo Nhamadjo, pediu ao Governo para que pague os salários aos funcionários públicos ainda no decurso desta semana. Rui de Barros disse que tudo irá depender dos procedimentos burocráticos a serem observados.
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