A Alemanha continua a "exigir o regresso à ordem constitucional na Guiné-Bissau e a condenar veementemente o golpe militar" de 12 de abril, disse hoje à Lusa um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros em Berlim.
"A nossa posição quanto à Guiné-Bissau mantém-se", adiantou a mesmo fonte, remetendo para as declarações da secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros alemã, Cornélia Pieper, em comunicado de 13 de abril.
No documento, a responsável do executivo germânico condenou "veementemente" o golpe e lamentou que "os desenvolvimentos positivos para estabilizar a democracia na Guiné-Bissau tenham sido interrompidos por este ato inconstitucional e violento".
Pieper exortou ainda no mesmo comunicado ao restabelecimento da ordem constitucional e disse esperar que "a integridade física e a liberdade dos membros do Governo legítimo, sobretudo do Presidente interino, Raimundo Pereira, e o do ex-primeiro- ministro Carlos Gomes Júnior sejam respeitadas".
Na altura, o Governo alemão exortou também a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e a União Africana a uma atuação "enérgica" quanto à Guiné-Bissau, e disse apoiar todos os esforços para promover o regresso da democracia.
Posteriormente, Berlim desaconselhou aos seus nacionais viagens para a Guiné-Bissau, e recomendou aos alemães que estão neste país que procurem lugares seguros, e evitem ajuntamentos de pessoas ou bloqueios nas ruas, e que entrem em contacto com as respetivas autoridades consulares.
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