Bissau - A administração da Guiné-Bissau que estava em greve, após o golpe de Estado militar de 12 de Abril, retomou o trabalho ontem (segunda-feira) noticia a AFP.
No "palácio do governo", situado na periferia norte de Bissau e onde situam-se os 12 ministérios, actividade retomou normalmente.
"Vamos pedir aos nossos membros para apresentarem-se nesta segunda-feira ao seu posto de trabalho. O que foi seguido por mais de 90%, declarou à AFP Estêvão Gomes Có, secretario geral da União nacional dos trabalhadores da Guiné (UNTG), o maior
sindicato do país.
Administração seguia desde 16 de Abril um apelo a greve lançada pela UNTG e a maioria dos sindicatos que representam mais de 12 mil agentes, principalmente da função pública. A UNTG considerado próximo do partido deposto do poder durante o golpe, disse que esperava a criação de um novo governo para apelar o regresso ao trabalho.
Um governo foi nomeado a 22 de Maio por um período de transição de um ano, nesse pequeno país onde a instabilidade é crónica, tornando-se há vários anos num centro de tráfico de droga entre América e a Europa.
Durante a greve, os hospitais asseguravam um serviço mínimo mas a capital e o país em geral estavam paralisados com os mercados abertos mais vazios para os clientes.
O governo tinha também apelado neste fim de semana para o regressso ao trabalho, prometendo resolver brevemente o problema dos atrasos salariais do mês de Maio, enquanto os de Abril já foram resolvidas.
A administração bissau-guineense conta com mais de 130 mil agentes, um efectivo considerado excessivo.
A transição politica nesse país será assegurada por uma força oeste-africana com mais de 600 elementos, que terminou domingo com o seu desembarque em Bissau.
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