Bissau - O Comité Central do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), considerou as atitudes de Serifo Nhamadjo como de traição, irresponsáveis e de desobediência à decisão do Supremo Tribunal de Justiça.
Neste sentido, o Comité Central do PAIGC adiantou que Serifo Nhamadjo se associou aos golpistas, violando assim dolosamente os estatutos do seu partido.
Reunido esta segunda-feira, 14 de Maio, para analisar situação político-militar vigente na Guiné-Bissau, o Comité Central do PAIGC disse refutar liminarmente o Presidente da República imposto pela CEDEAO, assim como outras instituições criadas no âmbito de golpe de Estado de 12 de Abril.
«Responsabilizamos a CEDEAO pelas eventuais consequências da sua atitude de nomear, à revelia da vontade popular, um Presidente da República para Guiné-Bissau», lê-se no projecto de resoluções da reunião.
Por outro lado, o PAIGC disse estranhar a incoerência e degradação progressiva das posições assumidas pela CEDEAO nas cimeiras de Abuja e Dakar, assim como nos encontros de Banjul e Bissau, que culminaram com a legitimação de golpe de Estado, colocando em causa o princípio da CEDEAO da «Tolerância Zero».
A apresentação de provas documentais pela forma como a CEDEAO foi mandatado pelas Nações Unidas no sentido de impor um Presidente da na Guiné-Bissau, o esclarecimento sobre os estatutos de Raimundo Pereira e de Carlos Gomes Júnior, que se encontram na Nigéria são, entre outras exigências, as do Comité Central do PAIGC.
Relativamente à sessão da Assembleia Nacional Popular, agendada para entre 14 e 29 de Maio, o Comité Central do PAIGC considerou como uma manobra desesperada protagonizada no dia 14 de Maio por um grupo de deputados, numa atitude de usurpação das competências da plenária da ANP, realizaram a «vergonhosa farsa» parlamentar que consistiu numa sessão da ANP sem quórum.
Foi neste sentido que o PAIGC recomendou a sua comissão permanente a trabalhar em articulação com o Grupo Parlamentar na monitorização da crise pós golpe de Estado no país.
O PAIG adoptou uma luta contra a ilegalidade e a subversão da ordem da constituição com base nas palavras «resistência… resistência…».
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